Nosso querido Zé Maria, agora com sua Aeros Combat, tem mostrado o que o vôo livre representa para ele nesse momento. Um cara sensacional, que ama o esporte e tem se dedicado a voar distâncias aonde quer que a condição esteja. Zé Maria, depois de um ano de condições fracas, aproveitando a melhora das últimas semanas, e na disputa pelo primeiro lugar do Campeonato de XC de Santa Catarina, o Flexicotton, se dedicou integralmente nos últimos 15 dias à busca de bons vôos. Esteve no Escalvado, Canelinha, Jaraguá do Sul e por fim em Tangará, sempre acompanhado de sua fiel escudeira Yara. O que seria de um voador sem o apoio da companheira. Às vezes investindo na barca junto comigo, Robert ou João Rotor, outras, na garra, sozinho com obstinação.
Zé, tomei a liberdade de postar seu email aqui no blog para galera sentir um pouco do quê você experimentou perseguindo a condição na última quinzena. Esse ano ficamos muito longe dos cabeças do parapente, mas ano que vem, quem sabe...
By Zé Maria: "Não estivemos em Timbé por estarmos envolvidos na disputa do Flexicotton, e nosso último tiro foi Tangará. Saimos eu e a Yara de Floripa na quinta, debaixo de muita chuva, mas a tarde, no alto da serra, as previsões já se confirmavam e o céu foi abrindo. Sexta, sol e nós sozinhos na rampa, com vento SW lateral, aquela adrena. Sai na termal e fui bem no inicio,mas depois me perdi na rota, pousando perto de Videira com 21 km. Voltamos para o Sitio São Pedro, um lugar mágico, onde ao acordar me deparei com o Robert que tinha viajado a noite toda na neblina para voarmos juntos. Na rampa o mesmo vento lateral e perdemos o primeiro trem birutado por 3 parapentes do vale, Élcio, Sérgio e Edeuclécio, que ganharam com dificuldade. Resolvi então birutar e com uma decolagem ralada que me adrenou, não achei mais nada e tive de encarar o prego e suas limitadas opções de pouso.Tudo certo e depois de ver o Beto ganhar na minha cabeça, partimos para o resgate. Logo depois nos encontramos no sitio, ele se queixou de muita turbuleêcia descendentes de 10m/s e o vôo não rendeu apesar da condição. Beto seguiu viagem e o último dia amanheceu sem uma nuvem.
Na rampa o pessoal do vale birutou e 2 pregaram, como eu tinha feito no dia anterior. Consegui sair bem e fui derivando na mesma direção, o vôo mais liso e com bastante consistência. Algumas nuvens foram se formando no caminho e fui bem lento, tentando manter altura para que a condição se desenvolvesse mais para a frente.
Na altura de Friburgo, uma termal me levou a quase 3000mts e a condição estava alí, na minha frente. Saí picando a Combat em direção a uma nuvem e uma descendente animal que eu nunca ví foi me levando pro chão, e é claro que cheguei na termal na curva final para o pouso. Me recuperando do caboing, o cel toca, o Beto querendo saber do vôo, eu lhe dou os parabéns pois sabia que presisava ter voado mais para alcançá-lo.
Depois, já com os vôos lançados a diferença ficou em 13 km, caracterizando a diferença de praticamente uma termal, e selando uma amizade e companheirismo, e o prazer de competir neste formato, onde você escolhe o dia e o local da prova.
Obrigado a Yara minha companheira e resgate e ao Beto sempre nos motivando a voar melhor. Pena que você, Maninho, não tenha podido ir, parabéns pelo terceiro lugar e no próximo ano tenho certeza, teremos mais gente neste campeonato que ainda vai crescer muito.
Os vôos estão no www.brasilxc.com.br. Boas tiradas - Zé Maria"
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