Free Fly em Canelinha/SC.

Sexta-feira trancado no escritório mas com os olhos na condição que rolava lá fora foi suficiente para deixar muita gente estigada para mais um final de semana de vôo livre, pelo menos comigo foi assim. Com a previsão apontando para predominâcia de ventos moderados do quadrante oeste acabei optando por um vôo em Canelinha. Como meu parceiro de barca estava com o alvará suspenso segui direto apenas com o Fábio, meu fiel resgateiro de plantão. Depois de analisar a previsão e a condição do início da manhã acreditava que o vôo seria um pouco mais tarde. Chegamos na rampa ao meio dia em ponto e lá já estava uma galera de Floripa, entre eles Zé Maria e Junico que já na sexta haviam anunciado a barca para Canelas. Na verdade a condição estava um pouco esquisita pois o céu e as formações estavam lindas mas aqui em baixo nada subia, nem mesmo um urubuzinho pra agitar a galera. 12:45 já estava pronto e optei por não me embaçar muito, se tinha que esperar alguma melhora aguardaria conectado e com o brinquedo já apontando para o horizonte. Não deu outra, aguardei mesmo, uns quinze minutos. Aproveitando uma pequena bufada que entrava de frente na rampa decolei levando uma leve tendida. Nada subia em lugar algum, achei que o prego seria bem rápido, e quase foi, com apenas seis minutos de vôo já estava praticamente vencido. Apostei todas as fichas nas proximidades da alta tensão, até porque o vento soprava de noroeste e aquele poderia ser um gatilho salvador. Não deu outra, sinais de uma térmica se formando. Comecei com ela bem falhada mas depois foi arredondando e quando engatei no miolo fui dos 500 aos 1.100 com facilidade. Que alívio, agora sim poderia desenvolver meu vôo. Duas opções: forçar para as roubadas do início do vôo para Antônio Carlos/SAI ou seguir na condição a favor do vento, foi o que acabei optando por fazer, já que não consegui chegar ao teto e com aquela altura não sentia segurança para a primeira opção. O vôo estava um pouco turbulento e pela primeira vez usava meu vário em nova posição, que aliás ficou terrível, me atrapalhou o tempo todo, mas não impediu de continuar no vôo. Durante a tirada a asa rendeu bem mas não encontrei novas ascendentes com facilidade. Resolvi procurar uma nova térmica na região final da serrinha pois ali o pouso era garantido, mas não foi preciso usá-lo, avistei uma urubuzada subindo forte bem próximo, fui pra cima e me juntei a eles. Fomos rápido à base da nuvem (1.300) dali para frente tudo azulado e vento já maral com certa pressão, mais uma tirada em direção ao trevo de Governador Celso Ramos, bati o pilão escolhido e voltei para pousar junto à BR-101 para facilitar o resgate, já que não tinha conseguido me comunicar com ele desde a decolagem. Valeu o dia, talvez tivesse insistido e alongado um pouco mais o vôo caso tivesse mais alguém junto, mas acabei me contentando com o que já tinha rolado, principalmente depois de quase ter pregado com menos de 10 minutos de vôo. Amanhã tem mais....

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