Novamente Canelinha, mas outra condição.

Contrariando as estatísticas de São Pedro tivemos dois dias consecutivos de vôo livre em Santa Catarina. Acabamos voltando à Canelinha já que a condição parecia estar melhor naquela região. A barca de sempre, eu, Robert e Fábio no resgate chegamos ao topo do morro 11:45 para lá encontrar Dingo, Cristiano e Simas que também acabavam de chegar, logo em seguida aparece o Ivo e bastante depois, quando já tínhamos decolado, o retardatário Fábio Negão. O local foi o mesmo, mas a condição já estava bem diferente de sábado, com pressão de nordeste já por volta do meio dia e mais áreas de azul no céu. Ivo puxou a fila, seguido pelo Robert e por mim na seqüência. Ao contrário de ontem, quando fomos buscar a salvação próximo ao pouso já decolamos em melhor situação, mas não foi suficiente pois hoje as termais estavam muito mais difícies de encaixar, o que nos levou a ficar um bom tempo batalhando próximo à área da rampa para conseguir ultrapassar os 800 metros. Ivo foi o primeiro que atingiu a condição, meia hora depois reportou seu pouso na cidade de Major Gercino, rota a sudoeste da rampa, seguindo a favor do vento na condição. Logo depois o Robert engatou numa boa por sobre a alta tensão e de lá partiu no contra-vento em direção à cidade de Tijucas. Pousou com uma hora de vôo no centro da cidade. Depois que saíram e já frustrado com as térmicas quebradas e indefinidas da cordilheira da rampa, com cerca de 750m tirei rumo ao noroeste, direção de São João Batista, no vale, já no início dessa tirada bati, agora sim, em uma boa que me levou aos 1.200m (o teto devia estar a 1.400). Antes de decolarmos tinha combinado com o Beto uma forçada rumo ao norte para tentar encaixar na condição que vinha de Brusque, como a comunicação não estava muito boa e não tinha visto que ele seguira a leste me mantive nesse quadrante, quando consegui falar com ele estava próximo a São João Batista então apenas bati o pilão e tentei voltar meu vôo em direção a Tijucas também, mas saí totalmente da condição e o vôo não rendeu mais. Acabei voltando a Canelinha e pousando próximo ao asfalto na região do centro da cidade, fechando uma triangulação de uma hora que me deixou moído graças ao vôo bastante turbulento. Não tive notícias do restante da galera (Dingo, Cristiano, Simas e Negão), já que decolaram um tempo depois. Enquanto desmontava meu brinquedo vi um parapente a cerca de 700m chegando na condição de São João Batista, provavelmente vindo da rampa de Gaspar, engatou e foi embora. Depois de tudo já estou pronto para encarar mais uns dias trancado no escritório.

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