Definitivamente a temporada de vôo chegou a Santa Catarina. Depois de um ano caracterizado pela predominância de um clima bem "estranho" para a prática do vôo livre, as condições começam a melhorar e a promessa de bons vôos tende a se concretizar.
Hoje mesmo, em plena quinta-feira, alguns afortunados (Robert, Zé Maria e João Rotor) resolveram experimentar o que o dia lhes reservava. Parece que deu certo. Mesmo com a condição de céu absolutamente azul, há cerca de 20 minutos o Robert me ligou relatando que estava pousado em Ibirama, tendo decolado da rampa do Escalvado e feito um vôo por terras repletas de roubadas, com teto de 1.650 metros e térmicas consistentes, cerca de 85 km voados.
Ainda segundo ele, João e Zé Maria talvez tenham pousado próximos à cidade de Apiúna, pelo menos foi a última vez que os viu, já baixos. Tentei contato com os dois para reportar a posição do Beto para resgate mas não foi possível localizá-los.
Mais notícias após a confirmação dos vôos.
Para quem ainda não acredita no potencial dos vôos de distância saindo do Escalvado, demonstrações como essa não deixam dúvida de que, da nossa região, é um dos melhores picos para realizá-los, apesar de sua proximidade com o mar.
De lá saíram os vôos de 92 km do Robert, em direção ao oeste com pouso em Rio do Sul, e 115 km do Zé Maria, em direção ao sul com pouso próximo à Guarda do Embaú. Dois quadrantes completamente distintos, com condições adversas mas que proporcionaram excelentes vôos.
O fato do recorde catarinense de asa delta (176 km) estar nas mãos do gaúcho André Wolf, atual campeão brasileiro e recordista de distância (452 km), não tem agradado os catarinenses, que pretendem trazer a estatueta "Roger Ribeiro" de volta para as terras praianas.
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