Catarinense de Asa 2013 chega ao fim.

O Campeonato Catarinense de Asa Delta 2013 foi encerrado este final de semana no Escalvado. Contrariando até mesmo as previsões mais pessimistas a condição climática foi ainda pior do que se podia imaginar, o que acabou por impedir a realização das provas para categorias Elite e Ascendente.

Como que um lamento, um chamado para reflexão, na manhã de domingo o vento parou de soprar, as nuvens se uniram no céu e uma chuva triste e silenciosa se fez presente.

Esse sentimento, essa sensação, talvez não tenha sido partilhada por todos, mas a mim tocou no fundo da alma. A energia de um grande amigo que, no nosso limitado modo de entender partiu cedo demais, se fez intensa nesse dia.


Renato Campos Ribeiro – Renatinho – filho amoroso, pai dedicado, irmão companheiro, marido para todos os momentos, difícil encerrar um campeonato catarinense de asa delta sem você por aqui para erguer mais um troféu, mas a sua energia estará sempre conosco e em todos nossos eventos será lembrado. 




Ronnie Koerich, estreando nas competições de asa delta no Estado é o novo Campeão Catarinense enquanto Claudinei Costa ficou com o Vice-Campeonato de 2013.

# RECORDE EM DOSE TRIPLA #

Equipe Recordista
Três pilotos obstinados, três asas delta, nove horas de voo, e três recordes quebrados ao sabor do vento.

Rio Grande do Norte, Brasil, 15/10/2013, Eduardo Fernandes (DF), Glauco Pinto (DF) e Eduardo Oliveira (MT) decolam da rampa de Tacima (Araruna) para, pela primeira vez em território nacional, ultrapassar a barreira dos 500 kms em uma asa delta, cruzando todo o estado do Rio Grande do Norte e grande parte do Ceará, com pouso nas proximidades da cidade de Santa Quitéria.


Naquele dia em que tudo dá certo três novos recordes são estabelecidos nos céus do sertão nordestino:  Sul Brasileiro, Brasileiro e Mundial a partir de decolagem em rampa.

Eduardo Fernandes (DF) =  576 kms 

Glauco Pinto (DF) = 531,4 kms

Eduardo Oliveira (MT) =  531 kms


Eduardo Jacinto de Oliveira (MT)
Um feito além de inédito, espetacular, que volta os olhos de toda comunidade do voo livre mundial ao potencial das condições climáticas brasileiras para realização do sonho de voar grandes distâncias.
Os recordes brasileiro e sulamericano anteriores, pertenciam ao piloto gaúcho André Wolf, que em 26.01.2012 voou 495 kms, no Rio Grande do Sul, decolando da rampa de Caçapava do Sul.

Glauco Pinto (DF)
Já o recorde mundial de distância decolando de rampa pertencia ao piloto australiano Jonny Durand, 500 kms, estabelecido em 06.12.2006, com decolagem a partir da rampa de Beechmont, Queensland, Austrália.

Os novos recordes, para que se tornem oficiais, carecem ainda da homologação da FAI - The International Air Sports Federation.



Confira abaixo um breve relato sobre a quebra do recorde enviado pelo piloto Dudu de Oliveira às listas de email dos voadores enquanto retornava para Tacima:


 "Bom galera, meta dos 500 alcançada, que venham os 600 agora...!

Em 2006 vim pro Nordeste a primeira vez com Chico Santos, Moikano, Dan, Didi e Serjão, desde então todo ano por aqui aprimorando o meu XC e prospectando as rotas. 

Depois do recorde do André Wolf de 454km  em Quixadá, achei que seria melhor decolar de algum lugar mais a leste, para ter o voo do sertão pelos 500 km a serem percorridos, que estavam latentes em meus pensamentos.Thalis vivia me convidado para ir voar em Tacima (Araruna) e na primeira temporada que lá voei tive convicção que o sitio e a rota seriam perfeitos para os 500.

A rampa tem 150 metros de altura... É natural, de pedra, tem um shape perfeito, o vento entra liso mesmo sendo forte. está a 10 minutos da pousada do Edvaldo. 

Despertador tocou 4.45am6.05am saindo da pousada; 7.46am no AR! 
não perdemos muito tempo no lift, 8.06 estavamos na base, 1000m do mar, apenas 400m acima do primeiro platô, por isso saimos conservador, no piriri, pelos primeiros 20km.

Na primeira hora de voo, 40 km. Deixamos Santa Cruz a direita e depois de Campo Redondo foi só alegria! O Glauco me mostrou um cloud street animal a direita, já chegando no platô de Lagoa Nova, com 2 horas de voo, 120km, teto 1750. Nos perdemos do Dudu de Brasilia, e o voo continuou muito rápido. 

O teto não tava alto (1800m), as térmicas não estavam fortes(3m/s), e nem o vento tão forte, 25km/h (algumas vezes vi 35km/h). Mas é muito constante, tem muita térmica! e os entreciclos foram pequenos.

A média vinha caindo, mas o céu sempre bonito, e o parceiro Glauco sempre voando por perto, o Dudu DF apenas no radio. Na cabeça os 500, é possivel!

Passamos aberto a direita do açude do Castanhão, depois a esquerda de Quixadá, bem em cima da pousada do Almeida na Joatama. 3.10pm
Dali pra frente as nuvens já não estavam tão agrupadas, desisti de Tamboril que era o gol, e comecei a seguir o melhor caminho, navegando pelo conhecimento adquirido nestes 7 anos de nordeste.

Atravessamos alguns azuis, me perdi do Glauco, o vento foi virando quase pra sul, se jogasse caudal total, poderia ir parar nas roubadas da serra do Machado, que acabamos tangenciando, 498, 499... demorou uma eternidade para girar: 500!

Um vale estreito a ser seguido, mais um piriri; será que cruzo esta ultima roubada? achei um pouso, no leito da estrada de terra, vento quase alinhado, pouso perfeito, 530km!

Dali pra frente aquela hospitalidade cearense, toda a comunidade em volta, meu corpo moido, as meninas tirando foto e perguntando se eu tenho feicibuqui...

Banho de caneca, nao tem agua encanada, arroz com frango e suco de manga na casa do seu Edilson, deito na rede por uma hora e o resgate, o Ricardo de BSB ja estava lá, resgatado as 8 pm, perfeito.

As 10pm já estávamos os 3 no hotel em Santa Quitéria.

É isso, obrigado a todos de que alguma maneira nos ajudaram, pois sozinhos não somos nada!

Ah, agora estamos na estrada voltando, logo mais o Edvaldo da pousada de Araruna vai assar um bode, tava prometido faziam 3 anos!"






Voozinho de final de inverno no Escalvado com os amigos Cristiano, James, Ivo e Dingo. Teto baixo, voo liso, térmicas fraquinhas associadas ao lift na cordilheira do Morro da Cruz, um belo domingo no parque!

Jonny Durand em 'dolphin fly'...


As imagens do vídeo acima mostram o piloto australiano Jonny Durand após a largada para a 6ª prova da etapa Brasília do Campeonato Brasileiro de Asa Delta 2013. Jonny utiliza a técnica do 'dolphin fly' para melhor performance durante a tirada para o 1º pilão da prova, logo após abrir o start gate. As imagens foram capturadas pela câmara on board do piloto catarinense Robert Etzold. Nenhum piloto mais à frente, é a elite do brasileiro puxando todo o pelotão nos céus de Brasília.

Campeonato Brasileiro de Asa Delta - Etapa Brasília.


Domingo é dia de asas delta colorindo o "céu azul de nuvens doidas da capital do meu país", pois tem início a segunda etapa do Campeonato Brasileiro de 2013. Pilotos de várias localidades do país, e também do exterior, começam a chegar à cidade. 

Com decolagens do Vale do Paranã e pousos na Esplanada dos Ministérios a competição acontece de domingo  (18) a sábado (24) com a garantia de excelentes voos e grandes disputas.

Será possível acompanhar 'on line' o desempenho de muitos dos pilotos inscritos na competição, isso graças à tecnologia dos equipamentos Spot e Flymaster.

Pilotos voando com Spot podem ser acompanhados AQUI.

Enquanto que pilotos com equipamentos Flymaster podem ser visualizados AQUI.

Bons e seguros voos a todos que irão aproveitar o maravilhoso céu do cerrado.


Catarinense de Asa 2013 - 3ª Etapa Jaraguá do Sul.

Dando sequência ao Campeonato Catarinense de Asa Delta 2013 (CCAD), o Jaraguá Clube de Voo Livre realizou dias 20 e 21 de abril a 3ª Etapa do ano. A competição foi disputada em três categorias: Elite, Ascendente e Permanência. Confira abaixo os resultados da competição:

Resultados da 1ª Prova:   OPEN   -   ELITE   -   ASCENDENTE 

Resultados da 2ª Prova:   OPEN   -   ELITE   -   ASCENDENTE 

Resultados da ETAPA:   OPEN   -   ELITE   -   ASCENDENTE  

Renatinho Campos Ribeiro...

Transcrevo abaixo uma matéria da jornalista Débora Kemplous que mostra um pouco  sobre nosso querido amigo Renatinho Campos Ribeiro e o que o voo livre representava para ele. A matéria foi publicada pelo Jornal Notícias do Dia em dezembro de 2012:

Renatinho decolando para o 1º dia de prova do CCAD 2013 em Santo Amaro da Imperatriz


"Do alto dos 620 metros Morro do Queimado, em Santo Amaro da Imperatriz, no Parque da Serra do Tabuleiro, o piloto Renato Ribeiro, apesar de toda a experiência adquirida ao longo de dez anos de saltos, ainda sente o mesmo frio na barriga de quando decidiu voar de asa delta sozinho aos 18 anos. A emoção de estar acima das nuvens é indescritível. “Cada voo é único. A natureza não se repete nunca. A gente se sente apenas um grão no meio de toda essa atmosfera”, comentou Renatinho, o único instrutor habilitado para fazer voo duplo em Santa Catarina.  


A asa delta é um esporte radical e um dos mais seguros também, com 15 mil praticantes no Brasil, mil deles em Santa Catarina. Os melhores pilotos participam do CCAD (Campeonato Catarinense de Asa Delta), que nesse fim de semana terá a última etapa, em Canelinha, neste sábado e domingo. No Estado, o melhor local para a prática é justamente Santo Amaro, com a sua grande rampa de decolagem. “Tem poucas edificações e em quase todos os dias do ano têm voo e uma rampa ampla para quase todos os quadrantes de vento”, disse. 


A direção do vento é o principal fator para um bom voo. A temperatura, a umidade do ar e a pressão atmosférica também contam. Quando o piloto salta, desenha círculos no céu até que a corrente de ar quente o leve para o alto. Se todas essas condições não forem observadas, há o risco de acidentes. “A asa delta é muito mais segura do que andar de carro. Os acidentes com morte acontecem por três coisas: pela condição, pelo equipamento e pelo piloto. A culpa é sempre do piloto. Quem analisa as condições? Quem monta o equipamento?”, explicou.  



Asa delta x parapente



Como no surfe e bodyboard, os praticantes de asa delta não gostam quando confundem o seu esporte com o parapente. Comparações a parte, não existe rivalidade entre os pilotos, já que voar não é uma modalidade solitária. Pelo menos em Florianópolis. “O parapente é feito só de tecido, pode abrir a qualquer momento. A asa delta tem uma estrutura reforçada por cabo de aço, tubos de alumínio e velas. Ela não se deforma no ar. São esportes completamente diferentes. Em outros estados têm intriga, mas aqui somos todos amigos”, informou Ribeiro.  


O preço de uma asa delta nacional, com roupa, chega aos R$ 5 mil. Equipamentos importados ou com tecnologia de última linha ultrapassam os R$ 15 mil. Com uma duração de até 15 anos, Renatinho não considera o custo da modalidade elevado. Após a compra da asa delta, o único gasto é com gasolina para subir os morros. “Tem gente que compra até um carro mais barato, como um fusco, só para chegar aos locais de salto. Depois se investe em viagens. Vou bastante a São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Minas Gerais”, contou.



De pai para filho


Renatinho e sua mãe, dona Herondina em preparação para o voo


A asa delta está no sangue de Renatinho. Seu pai, Rogério Ribeiro, foi um dos precursores no voo livre em Florianópolis, no começo dos anos 80, e logo abriu uma escola que durou até 2007, quando faleceu. A mãe do instrutor, Herondina, também voou e hoje tem outro filho, Lucas, que também pratica asa delta. “Quando ela engravidou teve de parar de voar. Com três anos eu fiz o meu primeiro voo duplo. Hoje voo cinco vezes por semana. Dou aula, faço voo duplo, participo de competições, treino”, falou.


 Com dois mil voos no currículo, curiosamente Renatinho nunca tinha voado com a mãe, que sempre o incentivou na prática do esporte. Herondina leva eles para decolagem, faz resgate e na quarta-feira voou pela primeira vez com o filho. Foi um momento de muita emoção para os dois. “Tenho muito orgulho dos meus filhos. O salto foi emocionante, o meu primeiro em mais de 20 anos. Não colocaria a minha vida não mão de ninguém que não fossem os meus filhos. Chorei muito. Foi lindo”, contou Herondina.



Alunos de todo o país



Renatinho tem o privilégio de ter nascido em Florianópolis, o melhor lugar no Brasil para dar aula. A vida de instrutor começou em 2008, quando o primo Matheus quis aprender a voar. Com o passar do tempo as pessoas foram aparecendo e hoje Ribeiro tem a Primeiros Voos – Academia de Asa Delta. “Quem quer voar não precisa de incentivo. Tenho alunos do Brasil todo que vêm fazer aula aqui. Como consegui os resultados, hoje em dia tem uma procura maior por causa do meu perfil Tenho 18 alunos formados e seis estão fazendo o curso”, falou.  O Curso custa R$ 3 mil, com 15 aulas, apostila e um voo duplo.



Rali nos céus



Vice-campeão brasileiro e catarinense em 2011, Ribeiro tem a chance de se tornar o melhor de Santa Catarina neste final de semana. Depois de três etapas, Renatinho está a 200 pontos do hexacampeão Robert Etzold, e está confiante em conquistar o título em Canelinha. Para o piloto, é preciso gostar do esporte para disputar os campeonatos, já que não se ganha nada além das medalhas.


“É como se fosse um rali, tem que passar por pontos determinados. Tudo é marcado através de GPS. Sou um dos favoritos. Estou colocando o Robert pra treinar um pouco. Antes ele não tinha concorrente. A única coisa que se ganha é experiência”, revelou. As outras etapas foram em Tangará, Santo Amaro e Navegantes.

Minha primeira vez*

 Renatinho e a repórter fotográfica Débora Klempous

Checadas todas as amarras e travas de segurança, a espera pelos quatro passos rumo ao abismo. Biruta apontando para a direção certa, corre, disse o instrutor, sem tempo para mudar de ideia. Não que eu desejasse repensar a decisão de atirar-me para fluir com o vento por sobre o medo do desconhecido. Nada pensei, joguei a câmera fotográfica de lado, abri as asas. Voei. O tempo congelou a 600 metros acima do mar, virou fotografia.  Pouco importavam as forças aerodinâmicas, o itinerário, a destreza do piloto. As contas, os perrengues, os compromissos.

Voar requer entrega, vazio, silêncio. Para ser preenchido pelo assobio do vento, o canto dos pássaros, o som estridente do aparelho que acusava a direção da corrente de ar quente. A fotografia ganhou movimento fluido pelas entranhas do tempo-espaço. Sem discurso, técnica ou botão. Quando dos pés em terra firme, a câmera ainda de lado, prostrei-me sobre o banco do Clube de Voo e fui cercada pelos homens voadores que haviam aterrissado. E aí, o que você está sentindo? Tudo, respondi."

*por Débora Klempous

Manezinhos da Ilha dominam Etapa de Santo Amaro da Imperatriz.

Uma bela turma de pílotos reunidos para a 1ª Etapa do Catarinense de Asa 2013 em Santo Amaro da Imperatriz

Foi dada a largada ao Campeonato Catarinense de Asa Delta 2013. A 1ª Etapa aconteceu dias 2 e 3 de fevereiro na cidade de Santo Amaro da Imperatriz, sob organização do Lagoa Clube de Voo Livre - LCVL.

Trinta e três pilotos de diversas localidades do Estado, além dos vizinhos paranaenses,  compareceram à SAI para prestigiar o evento, e não se decepcionaram. 

O calor extremo no sábado pela manhã, ausência de vento e uma forte camada de círrus deixou a maioria dos competidores apreensiva quanto à possibilidade de se realizar a prova. Aos poucos uma leve brisa foi se fazendo presente e modificando um pouco essa condição. Alguns pilotos de parapente decolaram antes da abertura da janela e mostraram que a máquina de térmicas, apesar de não aparentar, estava em plena atividade.

Definida uma prova mais conservadora de 27,6 quilômetros e três horários de largada. Primeiro pilão na sede do LCVL, volta à decolagem, segue para o Jomar, retorna ao pouso oficial, estica ao pouso asa norte e finaliza o percurso na sede do clube. 

Três pilotos conseguiram completar a prova e a briga entre eles ficou restrita aos pontos de tempo e liderança. Renato Campos Ribeiro (Renatinho) pelo segundo ano consecutivo matou a prova em Santo Amaro com uma diferença de menos de 2 minutos para o segundo colocado Marco Melegari (Robozinho). Arilton Bittencourt (Tingão) mais uma vez mostrou a força e experiência dos 'dinos' concluindo todo o percurso na terceira colocação. 

Robozinho decolou num entre ciclos e não fosse sua persistência e calma teria feito um preguinho frustrante. Batalhou por muito tempo baixo na região próxima ao pouso oficial até que conseguiu entrar no ciclo, estampou, voltou à decolagem, reabriu o start gating no último horário e acelerou o que pôde para se aproximar do campeão da etapa.

No pódium da OPEN só deu "manezinho da ilha". Além dos três acima citados, Donaldson Espírito Santo e Cristiano Francalacci completaram o quinteto da magia garantindo quarto e quinto lugares, respectivamente. Cinco nativos nos lugares mais altos do pódium.
Donaldson ainda faturou o troféu de primeiro colocado da categoria Ascendente, seguido pelo paranaense Ronnie Koerich, Cristiano Hoffmann, Thiago Motta e Antonio Weinfurter (Bambu).


Bonito de ver a renovação de pilotos. A cada evento um novo piloto de asa delta se junta ao grupo, graças ao grandioso trabalho que Renatinho tem desenvolvido como instrutor à frente da "Primeiros Voos Escola de Asa Delta". Graças a ele a categoria Permanência (Iniciante), que esteve próxima de ser extinta, voltou com força total.

Jaison, o papa troféu, mais uma vez levou a melhor e garantiu a primeira colocação na Permanência seguido por Marinésio, Maicon, Murilo e Romário. É a gurizada de Joinville, Canelinha e Floripa.

Com a etapa de Santo Amaro começamos o CCAD 2013 com o pé direito. Apesar da chuva não ter permitido a realização da segunda prova no domingo todos os pilotos voltaram pra casa de cabeça feita e já pensando na próxima etapa que acontece ainda em fevereiro, dias 23 e 24, na cidade de Canelinha.

Mais uma vez todos foram muito bem recebidos pela diretoria do Lagoa Clube de Voo Livre. A estrutura do LCVL está cada vez melhor, um exemplo para outros clubes do Estado.

Registro aqui agradecimento especial ao piloto Jerry Conceição que mais uma vez assumiu a responsabilidade pela organização da etapa de SAI e proporcionou um belo evento a todos que compareceram.

Confira nos links abaixo os resultados da Etapa de Santo Amaro da Imperatriz e como ficou a classificação do campeonato:







Santo Amaro recebe a 1ª Etapa do Catarinense de Asa Delta 2013.

Começa nesse final de semana, 2 e 3 de fevereiro, o Campeonato Catarinense de Asa Delta. A 1ª Etapa do CCAD 2013 acontece na cidade de Santo Amaro da Imperatriz/SC, com inscrições a R$ 80,00 feitas na sede do Lagoa Clube de Voo Livre - LCVL.

A Nova ABVL


CARTA AOS PILOTOS DO BRASIL...
Em primeiro lugar gostaria de agradecer a todos que acreditaram ser possível traçar um futuro mais digno ao nosso esporte e deram um voto de confiança para o grupo que foi formado.

Como disse o Betinho Schmitz, "a grande sabedoria de um gestor é saber escolher e montar sua equipe de trabalho" e acho que esse foi um dos grandes trunfos desta campanha.

Todos os nomes envolvidos são representantes dignos de seus cargos e não tenho a menor sombra de dúvida que com esse time vamos decolar para o sucesso.

Todas as turbulências que estamos atravessando só fazem nos unirmos cada vez mais, tornando essa eleição num marco histórico com a presença em peso de representantes de todo o Brasil, onde obtivemos a unanimidade dos votos de todos os 10 estados presentes, votantes ou não.

Como diria o nosso “outro” ex-presidente “Nunca antes na história deste país, tivemos tantas pilotos envolvidos numa eleição para a presidência da ABVL como este ano” :-)

Estamos vivendo um momento de transformação.

O marco ZERO da fundação de uma NOVA ABVL, com muito comprometimento e determinação.

ATITUDE é o nosso lema.

Porém, para transformarmos nosso sonho em realidade é necessária a participação de pilotos de todo Brasil. É hora de nos organizarmos para juntos conseguirmos conquistar a representatividade que ficou perdida no tempo.

Mais do que nunca, a união entre pilotos de Parapente e Asa Delta se faz necessária.

O tombamento definitivo da nossa sede em São Conrado para a ABVL é de extrema importância, para garantirmos nosso ninho para sempre.

Tenho mais de 25 anos de voo, dentro dos quais 18 destinados ao trabalho exclusivo com o voo livre pela Go Up Brasil.
Tive ainda a honra de representar o Brasil por 8 anos em competições mundiais como piloto e team leader e fui recordista sul-americano de Cross Country por 4 anos, fatos estes que contribuíram conquistar por mérito o Nível V de minha carteira da ABVL, que sempre esteve válida, salvo quando não aceita por algum "fator externo".

Organizei o 1o PWC no Brasil, o Mundial FAI de Parapente, centenas de competições nacionais e dezenas de competições Internacionais, incluindo 17 edições do XCeará que é atualmente uma das principais competições de Cross Country do mundo.

Lancei o conceito de “Race and Rally” no mundo do voo livre em 1995, com o Rally Mundial Peugeot em São Paulo.
Em 2009, o Rally SOSertão distribuiu mais de 10 toneladas em donativos pelo Sertão Brasileiro, cruzando os 1080 Kms de Recife aos Lençois Maranhenses, de asa delta em 7 rampas diferentes.

Nunca quis me envolver com política por questões de ética profissional, pois uma vez que tinha minha empresa e que vivia exclusivamente do voo, não achava correto estar do outro lado favorecendo a criação de um ambiente promíscuo, onde as coisas poderiam ser confundidas.

Sempre tive minha empresa e sempre trabalhei duro, conquistando todos o méritos dentro do esporte.

Ao organizar o Mundial de Parapente em Valadares em 2005, senti que um ciclo havia se fechado e que estava na hora de traçar outros rumos.

Minha filha estava crescendo e não mais poderíamos atender ao ritmo frenético de realizar de 10 a 12 eventos por ano por todo Brasil como estávamos fazendo.

Uma estratégia de sucesso para a divulgação de nossos eventos, foi a criação de um centro de entretenimento para atender as pessoas das cidades dos campeonatos, fazendo o público participar ativamente dos eventos.

Criamos um QG itinerante, com várias atividades de aventura para as crianças. Uma forma de envolver a população e dar um retorno direto para as cidades que estavam investindo tempo e dinheiro em nossos eventos.

A idéia era minimizar um pouco o problema dos eventos de voo, onde pouco se vê, pois além das rampas serem normalmente em locais de difícil acesso, os que conseguem chegar na rampa, pouco vêem, pois os pilotos logo decolam e vão embora.

Chamamos este QG itinerante de “Praça de Aventura”.

Lá tudo acontecia: marcação dos voos, shows musicais, diversão pra criançada, palestras e etc...

A coisa deu muito certo. Deu tão certo, que cresceu e superou a demanda dos eventos.

Decidimos apostar nesse "braço" nascido nos eventos da Go Up: Entretenimento de Aventura voltado para crianças.

Felizmente nosso novo rumo prosperou e virou o “Festa e Aventura” que hoje conta com 3 vertentes: Outdoor, Indoor, e Vertical.  Todas muito bem sucedidas, graças a Deus, conquistando clientes como Rock in Rio, Coca-Cola, Rede Globo, Banco do Brasil, Heineken, Banco Itaú entre outros.

Conto toda essa história para colocar que estou ciente que muito do nosso sucesso como empresários hoje, vem de tudo que herdamos com o voo livre e que me sinto no dever de retribuir por tudo isso.

Enfim... estou em um momento diferente de minha vida, onde o voo não é mais minha principal atividade profissional, porém a paixão continua a mesma.

Por isso sinto que chegou minha vez de atuar "do outro lado" e contribuir para o que sempre foi o nosso sonho: ter uma equipe patrocinada, ver nosso esporte na mídia, passar para as pessoas um pouco do que sentimos e vivemos dentro de nossos "cockpits".

A rápida resposta positiva conquistada com o trabalho voluntário em São Conrado, me deu ânimo para prosseguir e ampliar a área de atuação.

É triste ver esportes que não tem 1 milésimo do potencial que o voo tem, saírem da penumbra e a gente continuar vendo o voo morrendo e nossos amigos ídem.

Em mais de duas décadas de voo, jamais vi tanta gente com uma energia tão positiva e ativa juntas em torno do voo livre.

Nesse tempo, vi muitos projetos excelentes afundarem por puro egoísmo, por falta de abrirmos mão do individual para o sucesso do coletivo.

Refleti muito e aceitei encarar este desafio que sei que será gigante, do tamanho do nosso país.

Até hoje só me arrependi das coisas que não fiz. Acho que temos sempre que tentar.

O que posso dizer é que não desapontaremos ninguém que der sua colaboração para tornarmos o voo cada vez mais livre e profissional, pois todos veremos o resultado muito mais rápido do que imaginávamos.

Obrigado e bons voos para todos.

Chico Santos

Presidente da NOVA ABVL

19º Mundial de Asa Delta - Forbes, Austrália.


A cidade de Forbes, distante 350 quilômetros de Sydney, na Austrália, recebe os melhores pilotos do mundo para a disputa da 19ª edição do Campeonato Mundial de Asa Delta, que acontece de 7 a 17 de janeiro e conta com a participação de 108 competidores representando 22 países:  Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, República Checa, Finlândia, França, Alemanha, Guatemala, Hungria, Itália, Japão, Nova Zelândia, Países Baixos, Noroega, Rússia, Eslovênia, Espanha, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.

Max Turiaco
A Austrália não é somente a terra dos aborígenes, cangurus e crocodilos, é também a terra da Moyes, uma das maiores fabricantes de asa delta e equipamentos voltados ao voo livre do mundo. Com condições de deserto e muito planalto a região de Forbes, nessa época do ano, é certeza de grandes voos. Da disputa que se inicia dia 7 podemos esperar provas longas que irão testar a cada térmica a habilidade técnica e poder de decisão dos competidores, além do preparo físico e psicológico. 

Entre os competidores estão grandes nomes do voo livre mundial, verdadeiras lendas das competições como Manfred Rhumer, Alex Ploner, Christian Ciech, Jonny Durand, Attila Bertok e Mario Aloniz, só para mencionar alguns.

Marcelo Menin
A equipe brasileira está muito bem representada pelos pilotos Eduardo Oliveira (MT), Glauco Pinto (DF), Max Turiaco (MG), Robert Etzold (SC), Konrad Heilmann (RJ) e Marcelo Menin (SP), que prometem fazer bonito do outro lado do mundo. Dudu e Glauco já participaram de outras edições de mundiais, Robert, Max, Konrad e Menin vão estrear entre os melhores do mundo mas estão 'afiados' para a disputa. A equipe é o retrato da renovação do voo livre brasileiro, acostumado com nomes como André Wolf, Nenê Rotor, Carlinhos e Luizinho Niemeyer, entre outros grandes competidores nacionais.

Konrad Heilmann
Dos seis, o carioca Konrad Heilmann é o piloto brasileiro que acumula maior experiência e participação em competições internacionais, o que lhe conferiu o dever, responsabilidade e honra de liderar a equipe nesse mundial.

Sem qualquer tipo de incentivo ou apoio financeiro público ou privado, à exceção de Dudu e Glauco, que ainda contam com uma certa ajuda de patrocinadores empresariais, a equipe precisou tirar do próprio bolso todo o investimento para poder estar do outro lado do planeta representando a nação, o que torna a busca de cada um ainda mais desafiadora. Sua asa uma Moyes Litespeed RX 3.5.

Eduardo Oliveira
Dudu é o piloto solitário do Estado de Mato Grosso. Ganhou junto aos paulistas o gosto pelo voo livre de competições e grandes distâncias. De personalidade muito tranquila e serena ele é sábio em suas decisões e de grande regularidade ao longo dos campeonatos, o que o leva a aparecer sempre nos lugares mais altos do pódium. Dudu é o vice-campeão Brasileiro de 2012 e faz parte do seleto grupo de brasileiros que já voaram distâncias acima dos 400 quilômetros. Conta com o apoio dos patrocionadores: Corinthians e Teleatlantic. Sua asa uma Wills Wing T2C 154.

Robert Etzold

Robert Etzold é o primeiro piloto catarinense a participar de um mundial de asa delta. Começou a voar em 1995 e é um apaixonado por esportes outdoor. Robert tem no sangue a competitividade e acumula muitos títulos, entre eles o de Octa-Campeão Catarinense e Vice-Campeão Brasileiro Ascendente. Sua expectativa era grande de voar em terras aborígenes e poder estar entre os melhores pilotos do mundo. Pode ter certeza que ele fará de tudo para voar no pelotão da frente. Sua asa uma Moyes Litespeed RX 3.5.

A equipe se completa ainda com  Max Turiaco, Marcelo Menin e Glauco Pinto.

Glauco Pinto
Glauco é natural do centro-oeste brasileiro, um goianinho do Distrito Federal, é mais um daqueles pilotos que nasceu com o dom de voar. Com pouco tempo de voo livre mas muitas horas de voo Glauco despontou no cenário nacional já em sua estréia no circuito nacional, quando em 2007 sagrou-se campeão brasileiro na categoria ascendente, levando ainda o troféu de piloto revelação daquele ano.

Glauco é obstinado pelo voo livre, esteve no mundial dos Estados Unidos em 2007, como voluntário, auxiliando nos trabalhos de staff e já em 2011 conseguiu vaga para compor a equipe brasileira no mundial da Itália, sendo o destaque da equipe. É também um dos poucos pilotos a voar acima dos 400 quilômetros sendo seu melhor voo de 475 kms realizado em novembro de 2012 com decolagem na cidade de Tacima/RN, apenas 20 kms do recorde brasileiro. Sua asa uma Icaro Laminar Z9,

Apresentada a equipe brasileira em breves palavras, desejo a todos excelentes voos, muita determinação e boa sorte no 19º Mundial de Asa Delta. 

FOTOS:  superrace.blogspot.com