4ª Etapa do Catarinense de Asa: ADIADA.

Devido à instabilidade climática que persiste neste final de semana, a quarta etapa do Campeonato Catarinense de Asa Delta de 2010, a ser realizada na cidade de Gaspar, fica ADIADA PARA OS DIAS 22 e 23 de MAIO. O evento tem à frente da organização o piloto Fábio Negão, e conta com apoio do Clube de Parapente do Vale e da Prefeitura Municipal. Até o momento foram duas as etapas realizadas: Santo Amaro da Imperatriz e Jaraguá do Sul; num total de três provas, das quais duas com pontuação válida para o ranking. A terceira etapa, que aconteceria na cidade de Tangará, foi cancelada. Após o evento de Gaspar o campeonato entra em recesso e só retorna depois do inverno, mais precisamente no mês de outubro, quando Presidente Getúlio sedia a quinta etapa. As inscrições podem ser feitas antecipadamente no site da Federação Catarinense (inscrições) ou no QG da etapa. O piloto de Joinville Claudinei Costa, que se sagrou campeão da categoria ascendente em 2009, agora vem com tudo para brigar pelo título na categoria principal. Kvalinho, dino dos mais experientes e delegado do pico em Santo Amaro da Imperatriz, fez bonito em casa e assumiu a liderança no geral, garantindo ainda a primeira colocação na categoria ascendente. Prestigie, venha voar conosco e traga sua família para um final de semana só de alegrias. A sede do Clube de Parapente do Vale está pronta para recebê-lo com excelente infra-estrutura de lazer e alimentação.

Tangará, mais um voo de 140 km.


A primeira investida de 2010 na região de Tangará/SC rendeu bons frutos aos pilotos Ivo Isensee, Marco Melegari (Robô), Zé Maria e Cristiano. Distante cerca de trezentos e cinquenta quilômetros da capital catarinense as condições da região costumam ser comparadas às de Brasília. 

O pessoal partiu em duas barcas: Robô e Zé Maria de Floripa, Ivo e Cristiano de Gaspar. No sábado pela manhã estavam juntos na rampa para tentar encaixar na condição do planalto, mas antes precisavam vencer o início do voo, que costuma sempre ser bem difícil por lá. 

A rampa tem desnível de apenas 350 metros e os pousos no foot hill escassos. Pelo jeito não restam dúvidas de que a investida valeu a pena. Todos voltaram de cabeça feita, em especial o Ivo que como sempre fez um voo impecável e, já no sábado, cravou 140 quilômetros. 

Decolou em Tangará/SC, cruzou a fronteira com o Rio Grande do Sul e pousou no município de Sertão, naquele Estado. O teto esteve sempre abaixo dos 1.300 metros, o que dá ainda mais brilho à façanha. Faltou pouco para a quebra do recorde estadual pertencente ao piloto João Rotor, de Indaial, 147 quilômetros também voados em Tangará, isso em março de 2005. Robô e Zé Maria também garantiram voos acima dos 60 quilômetros e voltaram satisfeitos para casa. 

Com esse voo Ivo carimba novamente o passaporte para o Clube dos 100 Catarinense. Na foto: Ivo (à esquerda) e Robozinho (à direita) em 2008, após um pouso na Esplanada/Brasília. Parabéns galera, mandaram muito bem!

Voo livre, engorda, sossego e risadas...

O feriado da semana santa em Salete foi repleto de boas doses de voo livre, excelente comida, cerveja gelada e muitas risadas, tudo isso durante o Festival Sul Brasileiro de Voo Livre, que reuniu pilotos de asa delta e parapente de diversas regiões do Paraná e Santa Catarina, numa festa animada e descontraída. De folga já na quinta-feira "santa" eu e Zé Maria pegamos a estrada rumo a Salete. Atrasados, subimos direto à rampa para lá encontrar Victor, João Rotor, Fábio Negão, Marlon, Cláudio e Josiel, com suas asas devidamente montadas e prontos para o voo do dia. Dia ensolarado com algumas formações no céu, mas era possível perceber que não seria moleza arriscar um voo mais longo. Na esperança de melhora, o que não aconteceu, retardamos a decolagem comprometando, talvez, nossas possibilidades. Zé Maria, extreante no pico, foi o único a alcançar a condição de saída e partiu na rota rumo a Timbó. Ainda cedo as formações deram lugar a um azul infinito e, com isso, ele acabou ficando no quilômetro vinte e sete. Cláudio e IPVA, idealizadores do festival, com apoio da Prefeitura, capricharam nos mínimos detalhes. A estrada até a rampa estava um tapete, com placas indicativas a cada bifurcação facilitando o acesso. A área de montagem/decolagem de dar inveja a muito campo de futebol. Conseguiram juntar em um único local, na Pousada Gonçalves, área de pouso, hospedagem, alimentação e inúmeras opções de lazer para os pilotos e seus familiares, uma maravilha. Pegar o carro era necessário somente para subir à rampa. Sexta-feira amanheceu com uma condição semelhante ao dia anterior. Para mim o voo foi muito mais prazeroso que na quinta, quando tinha a intenção de partir para o cross e não consegui. Aproveitei boas térmicas e garanti um bom passeio pela região. Tive ainda possibilidade de sair para o cross mas, como à frente a condição não me pareceu promissora, acabei me rendendo ao cheirinho do feijão que saía da chaminé próxima ao pouso oficial e, de cabeça feita, acelerei minha Aeros em direção às panelas sobre o fogão à lenha e bem longe das possíveis roubadas. Acredito ter feito a melhor escolha e não me arrependi nem um pouco. O festival foi realizado no sábado e domingo, mas ao longo da sexta-feira muitos pilotos foram se juntando à festa. Alguns tiverem dificuldade com o trânsito nas estradas, mas mesmo assim chegaram a tempo de matar a fissura com um voozinho local. As noites foram regadas de cerveja gelada, boa comida e muita conversa fiada, tudo isso acompanhado do já tradicional som do gaiteiro Ivo e sua trupe. Como programado, eu e Zé Maria retornamos ainda no sábado pela manhã. No horário em que saímos a condição não era das melhores, mas com certeza não deve ter tirado o brilho do evento. Ao que tudo indica Salete entra definitivamente para o calendário oficial dos animados eventos catarinenses de voo livre. Abaixo IPVA e Diogo se divertem com seus parapentes no belo por do sol de Salete.