Brasileiro de Asa 2010 - Brasília dia 7

Na última etapa do Brasileiro de Asa 2010, todos saíram vencedores. A condição foi épica, melhorando dia após dia. Como há tempos não se via, sete provas em sete dias de campeonato , todas com percursos superiores a cem quilômetros e muitos pilotos no gol. Foram mais de setecentos e quarenta quilômetros voados. Nos três últimos dias de prova, quando a condição estava absurda, era difícil ver alguém mais ou menos feliz, todos estampavam um sorriso de orelha a orelha. A disputa travada entre Betinho Schimitz, voando pelo Distrito Federal, e André Wolf foi sensacional, e só foi decidida nas últimas térmicas. André levou a melhor dessa vez e faturou a etapa com menos de cem pontos de diferença para Betinho, que estava há quase cinco anos afastado das competições e do voo livre. O Australiano Jonny Durand ficou à vontade, como se estivesse em casa. Com um português arrastado, rodeado de tietes e tomando caipirinha com Reb Bull fez uma competição impecável e pela segunda vez consecutiva foi o grande campeão da etapa Brasília. Outra disputa particular chamou a atenção durante o evento, e foi protagonizada pelos pilotos Glauco Pinto, do Distrito Federal, e Dudu Oliveira, do Mato Grosso, a decisão só veio, também, na última prova, quando Glauco levou a melhor e faturou a terceira colocação no Brasileiro. O voo livre catarinense também esteve presente na etapa Brasília, e foi representado pelos pilotos Robert Etzold, de Balneário Camboriú, Renato Ribeiro, Marco Melegari (Robô) e Arilton Bittencourt (Tingão), todos de Florianópolis. Robert ,que atualmente tem se dedicado mais às competições de motocross, mostrou que conhece muito de voo livre de competição,. Após completar cinco das sete provas garantiu a sétima posição na categoria Ascendente e vigésima sétima no Brasileiro. Renatinho, em sua primeira participação em campeonato nacional, colheu os frutos de sua dedicação cada vez maior ao esporte e terminou na décima sexta colocação, a apenas quinze pontos atrás do seu parceiro de barca e também grande voador catarinense Robozinho. Tingão voltou a Brasília em grande estilo e não queria saber de free fly, calibrou seu GPS e dia após dia partiu para as longas provas. Ao fim, depois de altos voos e muitos pilões, ficou com a vigésima quarta colocação e completando o alto astral da equipe Talento. Todos disputaram na categoria Ascendente. Fora do campeonato destaque especial ao Dino Zé Maria que, em oito dias de voo, mandou sete Esplanadas. O único dia que não pisou no gramadinho pousou na região do Iate Clube, a dois quilômetros dos Ministérios. Não posso afirmar com certeza, mas a impressão que tenho é que ele só ficou por ali para não ficar muito chato para nós outros, hehehe... Em suma, Brasília foi palco da melhor etapa de Brasileiro dos últimos tempos e provavlemente, em alguns anos, quando estivermos conversando sobre voo entre amigos vamos falar: lembra daquela temporada de Brasília em 2010, que loucura não?!

Brasileiro de Asa 2010 - Brasília dia 6

Brasília no auge. O sexto dia de provas da Etapa Brasília do Campeonato Brasileiro de Asa Delta 2010 foi surpreendente, mais de quarenta pilotos no gol em uma prova de cento e vinte e três quilômetros. Para quem está familiarizado com o linguajar do voo livre basta dizer que foi uma "farofa geral". Teto acima dos dois mil e quinhentos metros do chão, boas formações no céu e muitas, muitas térmicas. A sétima e última prova da etapa tem todos os ingredientes para ser emocionante. André Wolf se recuperou do "baixo" rendimento dos dois últimos dias, matou a prova e agora está a apenas dezenove pontos do primeiro colocado, Betinho Schimitz. É certeza de uma grande disputa no ar, onde velocidade e arrojo serão decisivos para definir o vencedor. O australiano Jonny Durand se mantém na liderança da Open pouco à frente de Betinho. Outro grande piloto tem se destacado dia após dia e ainda pode surpreender. Falo do piloto local Glauco Pinto, que tem muita regularidade e está firme no propósito de incomodar os já campeões brasileiros André Wolf e Betinho. Mais uma vez, entre os catarinenses, Robert Etzold ficou na frente seguido de perto por Renatinho Ribeiro e Robozinho após completarem os cento e vinte e três quilômetros do percurso. Com esse resultado Robert se mantém na sétima colocação na categoria Ascendente, enquanto Robozinho e Renato sobem posições e aparecem, respectivamente, em décimo sexto e décimo oitavo. Zé Maria, Cláudio e Ivo, no free fly, também vieram ao gramadinho mais uma vez, mas o dia foi especial mesmo para os pilotos Cristiano (Cris Tex) e Simas que pela primeira vez cruzaram o Lago Paranoá e se uniram aos demais na festa de cores que se tornou a Esplanada dos Ministérios nesta tarde de sexta-feira. Esse dia ambos jamais irão esquecer. Confiram os resultados oficiais no blog do Super Race.

Brasileiro de Asa 2010 - Brasília dia 5

Brasília no extremo. Todas as pessoas que têm um pouco de conhecimento sobre o voo livre já devem ter ouvido falar que Brasília é o "Havaí" do voo livre. Pois bem, nessa quinta-feira (26/08) o planalto central mostrou toda a sua força e fez jus à referida analogia. Desde o início do campeonato foi o primeiro dia com formações no céu, visibilidade total e nenhuma camada de inversão. Pouco vento, teto acima dos 3.800 metros (asl), ascendentes muito fortes e lisas, bem como descendentes absurdas. A prova de cento e vinte e três quilômetros contou com trinta e oito pilotos no gol. Betinho Schmitz, oito vezes campeão brasileiro, há cinco afastado do voo, foi o melhor do dia, seguido pelo brasiliense Glauco Pinto, Dudu Mato Grosso e Jonny Durand. Com esse resultado Betinho assume a primeira colocação no Brasileiro. Crazy Jon se mantém líder na Open. Restam ainda dois dias de provas e a condição não deve mudar, para alegria de todos. Novamente Robert Etzold, de Balneário Camboriú, foi o melhor entre os catarinenses completando a prova na trigésima colocação após três horas e dez minutos de voo. Com o resultado de hoje Robert sobe mais duas posição e assume a sétima colocação na categoria Ascendente. Robozinho, de Floripa, também completou o percurso chegando na trigésima quinta posição após três horas e trinta e sete minutos de prova. Renatinho Ribeiro, em sua primeira participação no Brasileiro, tem mandado muito bem e nessa quinta prova ficou a apenas vinte quilômetros do gol garantindo a quadragésima posição no dia. Tingão não teve um bom dia e ficou próximo ao primeiro pilão, no quilômetro vinte e um. Diferente dos demais dias a condição se alternava em ciclos e a possibilidade de pouso no buraco não podia ser descartada. A ausência de pressão dificultou bastante a decolagem daqueles que optaram por partir após os pilotos do campeonato. Aguardei bastante uma boa hora para poder decolar, logo que saí tentei fechar meu bullet e não consegui, o zipper emperrou. Mal posicionado e totalmente desconcentrado o pouso da Coca ficou cada vez mais próximo. Quando cheguei aos cem metros do chão percebi que precisava esquecer o zipper e me concentrar para, pelo menos, evitar a roubada maior. Deu certo, lentamente eu e mais quatro pilotos começamos a cercar uma térmica que dava os primeiros sinais de vida. Fomos subindo devagar, desviando uns dos outros em alturas próximas até que a ascendente foi ganhando força. Me afastei do grupo na deriva em direção ao Gap e funcionou bem, acertei o miolo da térmica e estampei muito rápido em relação aos outros. Que alívio, contatei o resgate informando que iria tirar direto para a fazenda JL para pousar, tamanho era o desconforto em voar naquela posição. Esse foi o primeiro momento que tentei pousar e não consegui, era muita termal, tirada ganhando tudo, nova bombaceira na frente. Segui mais adiante. Tentei me ajeitar melhor no cinto e informei ao resgate que tentaria pousar no Posto Advance, mas tava impossível descer. Estampei novamente, agora acima dos 3.200 (asl), mão congelando e a maior friaca nas pernas, cinto aberto e bermuda, péssima combinação. Derivando em direção ao trevo da PM na saíde de Brasilinha pedi para o resgate me aguardar no trevo da entrada do Pipiripau, dei meia volta, coloquei a asa no contra-vento e pensei, agora eu desço. Cheguei sobre o resgate ainda com uns quatrocentos metros, mas... Isso mesmo outro canhão. Agora chega, vou me conformar com todo o incômodo do cinto aberto, fechar o máximo que conseguir o ziper de cima e tocar adiante, mas optei por outra rota, seguindo pelo asfalto até o trevo interditado de entrada da rampa, dali para Planaltina e Pivo Central. Nas antenas do Zé Maria ganhei novamente, dessa vez já não era aquilo tudo, mas fui arredondando e subindo, já eram quase quatro horas e há duas estava voando, agora já não queria mais pousar pois a Esplanada estava a apenas quinze quilômetros, tirei para a Guerra Eletrônica e fui afundando, cheguei baixo, vasculhei toda a área sem me afastar do pouso, sobe um pouquinho aqui, cai bastante ali. Forcei mais a esquerda da Guerra, baixinho novamente o vario deu sinal de vida, mas foi apenas um suspiro, matei a pouca altura que sobrara em direção ao Setor de Mansões do Lago e estacionei na ML 5, mesmo local que havia pousado na terça-feira, apenas dez quilômetros da Esplanada e com duas horas e cinquenta minutos de voo. O esforço para uma boa acomodação ao longo do percurso foi tanto que quando pousei nem conseguia apoiar minha perna esquerda, acho que arranjei uma distensão na coxa. Logo em seguida pousaram comigo o Erick Vils (RJ) e Carlão (SP), ambos no campeonato. Zé Maria, o rei da Esplanada, que em cinco dias de voo obteve cem por cento de aproveitamento, dessa vez, modestamente, para não ficar muito feio para nós outros, resolveu ficar próximo ao Iate Clube, a menos de três quilômetros do gramadinho, com ele pousaram ainda o Ivo e alguns outros que não conseguiram aquela última "bufadinha" para passar pelos Ministérios. Amanhã tem mais... Não para mim, terei que trocar o ziper estourado e ainda cuidar da minha distensão, mas voo livre é assim mesmo.

Brasileiro de Asa 2010 - Brasília dia 4

Hoje tirei o dia para descansar um pouco e aproveitar para aguardar a chegada dos pilotos na Esplanada dos Ministérios. Enquanto alguns descansam outros voam, e voam muito. A comissão técnica tem definido provas cada vez mais longas e para esse quarto dia arrepiaram com uma triangulação de mais de centro e quarenta quilômetros, e apenas cinco pilotos no gol. O primeiro a cruzar a linha de chegada foi o carioca Carlinhos Niemeyer, seguido pelo australiano Jonny Durand e Betinho Schimitz. Também concluíram o percurso Michel Louzada e Konrado. Os pilotos levaram mais de quatro horas e meia para fazer a prova, chegando na Esplanada depois das cinco da tarde. Com esse resultado Jonny Durand assume a liderança do campeonato. André Wolf aparece em segundo e Betinho Schimitz em terceiro. Os pilotos catarinenses fizeram a festa no free fly e chegaram em peso no gramadinho. O primeiro deles é claro, o Rei da Esplanada, Zé Maria que assim mantém cem por cento de aproveitamento após cinco dias de voo. Em seguida vieram Cláudio, de Joinville, Francalaci, de Floripa, Ivo, de Gaspar, Kbeça, de Floripa, e Victor, de Blumenau. Outro catarinense a pousar no gramadinho novamente foi o Robert com quatro horas de voo e cem quilômetros percorridos. Ele abandonou a prova no último pilão e partiu direto para a Esplanada, mesmo assim garantiu boa pontuação no dia e subiu para a nona colocação na categoria ascendente. Os demais catarinenses inscritos na competição também se saíram muito bem na longa prova: Robozinho arrepiou voando 118 km e garantindo a vigésima terceira colocação do dia. Renatinho, com 100 km, ficou em trigésimo. Robert, com 95 km, em trigésimo sétimo e Tingão, com 80 km, em quadragésimo. Mandaram muito bem. Amanhã tem mais. O teto sobe a cada dia e a condição se mantém muito forte. Confiram AQUI as fotos de ontem e de hoje. Abaixo Zé Maria e Robert durante o pouso.

Brasileiro de Asa 2010 - Brasília dia 3

Muito sol, céu azul, pouco vento e umidade relativa do ar em níveis extremos deram o tom do terceiro dia de provas da etapa Brasília do Campeonato Brasileiro de Asa Delta 2010. Definida prova de cento e vinte quilômetros, que foi completada por trinta e um pilotos. O número um do mundo, Jonny Durand, não foi o primeiro a cruzar a linha de chegada, mesmo assim foi o mais rápido do dia largando no último start. Betinho Schimitz, retornando ao esporte após alguns anos afastado, ficou apenas um minuto atrás do australiano, mas perdeu a segunda colocação para o também gaúcho André Wolf que mesmo com um tempo maior teve pontuação superior em razão dos pontos de liderança. Com o resultado de hoje André se mantém em primeiro no campeonato. Entre os pilotos catarinenses presentes em Brasília apenas Kvalo, Robert e Zé Maria chegaram à Esplanada. Kvalo, que retornaria à Florianópolis ao final do dia, decolou cedo e partiu direto para a capital. Utilizando suas habilidades de dino dos mais experientes chegou rápido e sequer deixou vestígios de sua passagem pelo gramadinho, do jeito que pousou agradeceu o presente, empacotou o brinquedo e pegou a estrada de volta ao lar feliz da vida. Robert, que está na competição, chegou entre os dez primeiros mas terminou o dia na décima nona colocação, tendo largado no primeiro start. Robert é o catarinense melhor colocado e aparece na décima posição da categoria ascendente. Zé Maria, no free fly, é o rei da Esplanada, com cem por cento de aproveitamento em quatro dias de voo. Dos demais pilotos catarinenses na competição Tingão aparece na vigésima quinta colocação, Robozinhho na vigésima sétima e Renatinho Ribeiro em trigésimo, ambos na categoria ascendente. Como de costume decolei após a maioria dos competidores, ganhei a primeira térmica à esqueda da rampa mas não fiquei muito por ali. Avistei um piloto que estava quase para pousar na coca subindo muito rápido, fui em cima e enrosquei junto. Dali para o passaporte, depois rampa do dicran, como não peguei nada voei em direção à pamonharia, mas na metade do caminho vi uma asa subindo da parede antes de itiquira e voltei, cheguei na altura do platô e após alguma insistência consegui ganhar altura. Me precipitei abandonando a térmica com apenas mil metros do chão e cruzei a região de Indaiá, peguei fortes descendentes sem conseguir localizar as térmicas, fiquei sem opção e pousei por ali. A falta de paciência e a vontade de não ficar no buraco me custaram a continuação do voo. Abaixo foto da árvore que me proporcionou uma bela sombra enquanto desmontava a asa, após a equipe reunida na Esplanada. Fotos do segundo dia aqui.

Da esquerda para a direita: bebum, Zé Maria, Maninho, Renato (resgate) e Robert.

Brasileiro de Asa 2010 - Brasília dia 2

Dessa vez deu certo, trouxe minha Aeros Combat para conhecer de perto a Esplanada dos Ministérios. A camada de cirrus que derrubou muitos pilotos no primeiro dia de prova não apareceu hoje e apesar da ausência de nuvens a atividade térmica foi intensa. Decolei após os pilotos da competição ganhando a primeira termal à esquerda da rampa. Com quinhentos metros eram tantas as asas enroscando juntas que resolvi partir em direção ao passaporte, no caminho outra térmica me garantiu uma boa subida, novamente muitas asas juntas me fizeram abandonar a subida e arriscar mais adiante, demorou um pouco mas em Itiquira nova ascendente me levou aos mil e duzentos metros, tirada em direção ao Posto Advance, chegando no asfalto meu primeiro dust do dia, enchi o tanque e tirei em direção ao Posto Policial na saída de Brasilinha, dali para frente consegui me manter sempre acima dos mil metros, chegando rápido na Lagoa da Embrapa. Assim como no dia anterior comecei a ficar com pouca altura entre Sobradinho e a Guerra Eletrônica, mas o suficiente para acelerar em direção ao segundo dust do dia brotava lindo do arado mais à direita da rota, foi a térmica mais lisa do voo e em pouco tempo estava novamente com mil e trezentos, hora de acelerar direto para a Esplanada e partir para o abraço. Uma hora e cinquenta minutos de voo do Vale até Brasília, a quarta asa a pousar. Depois foi aguardar a chegada emocionante do campeonato e curtir o astral do lugar. Dos pilotos catarinenses chegaram ainda João Rotor, Junico, Zé Maria, Cláudio, Kbeça e Josiel, além do Robert, Robô e Renatinho que participam da competição e chegaram ao gol concluindo todo o percurso de 116 km. Os resultados oficiais do Brasileiro podem ser conferidos em Super Race.

Brasileiro de Asa 2010 - Brasília dia 1

Neste domingo, 22/08, aconteceu a primeira prova da tradicional Etapa de Brasília do Campeonato Brasileiro de Asa Delta. A rampa de decolagem no Vale do Paranã estava repleta de pilotos, mais de cem asas, entre competidores e free fliers. Foi definida uma prova de cento e quatorze quilômetros. Vinte e três pilotos completaram o percurso sendo que o mais rápido foi o gaúcho André Wolf que concluiu a prova em apenas duas horas e quatro minutos, com uma média de cinquenta e dois quilômetros por hora. André superou em mais de quinze minutos o iloto paulista Michel Louzada segundo a cruzar a linha de chegada. Na sequência vieram o australiano Jonny Durand, Betinho Schimitz, Marcelo Ferro e Márcio Rosadas. Dentre os pílotos catarinenses inscritos na competição o melhor do dia foi Renato Ribeiro, que fez quarenta e sete quilômetros da prova, seguido por Arilton Bittencourt (Tingão), Marco Melegari (Robô) e Robert Etzold (Beto). O teto permaneceu na faixa dos mil e duzentos metros com boa atividade térmica, o que proporcionou um excelente dia de voo. Entre os catarinenses que não estão participando da competição Zé Maria carimbou o passaporte até a Esplanada pelo segundo dia consecutivo, garantido cem por cento de aproveitamento em dois dias de voo. Com ele veio ainda o Cabeça para matar saudades do gramadinho. Após duas horas de voo pousei na ML 5 do Lago Norte, foram sessenta e quatro quilômetros voados e apenas dez da Esplanada. Na guerra eletrônica uma camada espessa de cirrus diminuiu a incidência solar e impediu que conseguisse ganhar altura suficiente para uma travessia segura do lago. Apesar do GPS apontar minha chegada à Esplanada com cem metros, no visual, achei que não daria e optei pela decisão mais conservadora e, consequentemente, mais segura. Foi ótimo o dia de voo. Ao longo do campeonato é possível acompanhar os resultados no blog oficial do evento Super Race.

Agora sim, asas na Esplanada.

Frente fria perde força, cirrus desaparecem e as asas voltam a colorir o céu da Esplanada dos Ministérios. Pilotos de diversos pontos do país e também do exterior já estão na cidade. Mais de cinquenta asas decolaram do Vale do Paranã na tarde dessa sexta-feira e pelo menos vinte delas concluíram o percurso até Brasília. Tudo indica que as condições tendem a melhorar nos próximos dias, o que deve assegurar o sucesso da etapa que definirá o Campeão Brasileiro de 2010 no período de 22 a 28 de agosto.

Nader Couri (RJ)

Carlinhos Niemeyer (RJ)

André Wolf (RS) e Jonny Durand (AUS)

O céu de Brasília nesta quinta-feira.

A foto acima retrata o céu de Brasília às 3 horas da tarde desta quinta-feira - 19/08 - e deixa claro que as condições climáticas não estão favoráveis à prática do voo livre. Uma forte camada de cirrus amanheceu sobre o Planalto e manteve as temperaturas bem amenas ao longo do dia, com a máxima na casa dos 25º, o que provavelmente dificultou a diversão dos pilotos que se anteciparam ao início do Campeonato Brasileiro na esperança de bons voos para "afiar" os braços para competição. Desde de a última segunda-feira, com a chegada de uma frente fria, as condições vêm piorando dia após dia, mas isso deve mudar logo e fica a torcida para o retorno do calor que irá romper essa forte camada de inversão e permitir a tradicional explosão de térmicas característica de Brasília nessa época do ano.

Brasília 2010, primeiro voo.

Nesta segunda-feira, após quase dois meses sem tirar os pés do chão, fui ao Vale do Paranã na boa companhia dos amigos Marco Antonio (DF) e Thalis (RN) para meu primeiro voo da temporada 2010 em Brasília. O céu do cerrado não está dos mais belos, há dias uma camada acinzentada encobre toda a região, um misto de secura, poeira e muita fumaça. Não me lembro de ter voado por aqui com uma visibilidade tão baixa. Acima dos 1.500 metros é possível enxergar uma linha divisória que separa aquela massa cinzenta do céu azul. Atividade térmica intensa e teto alto não se traduziram em voo fácil rumo à Esplanada dos Ministérios já que os ventos sopravam do quadrante sul, variando de sudoeste a sudeste, entre 7 e 10 km/h, em alguns momentos eram o oposto daquele tradicional nordeste que costuma facilitar nosso passeio em direção à Capital Federal. Dos dez pilotos que decolaram apenas três garantiram o pouso no gramadinho da Esplanada, Rodrigo Gerundo (RJ), Enio (RJ) e Marco Antonio (DF), mesmo assim foram necessárias mais de três horas para fazê-lo, além de muita navegação. Me mantive bem no voo, acima dos 1.200, enquanto estive forçando a rota sobre a BR, evitando a deriva em direção a Brasilinha, mas próximo ao Motel parei de forçar e segui paralelo à Reserva, um erro que me derrubou próximo à Polícia Rodoviária Federal. Foi um voo lento e trabalhoso mas com boas térmicas e teto alto. Agora estou um pouco moído, já que estava há um bom tempo sem voar. Fiquei na metade do caminho, no quilômetro 35 após 1h 50 min de voo e pousei em meio àquela criançada que é presença constante nas proximidades de Brasilinha.