Brasília 2010, primeiro voo.

Nesta segunda-feira, após quase dois meses sem tirar os pés do chão, fui ao Vale do Paranã na boa companhia dos amigos Marco Antonio (DF) e Thalis (RN) para meu primeiro voo da temporada 2010 em Brasília. O céu do cerrado não está dos mais belos, há dias uma camada acinzentada encobre toda a região, um misto de secura, poeira e muita fumaça. Não me lembro de ter voado por aqui com uma visibilidade tão baixa. Acima dos 1.500 metros é possível enxergar uma linha divisória que separa aquela massa cinzenta do céu azul. Atividade térmica intensa e teto alto não se traduziram em voo fácil rumo à Esplanada dos Ministérios já que os ventos sopravam do quadrante sul, variando de sudoeste a sudeste, entre 7 e 10 km/h, em alguns momentos eram o oposto daquele tradicional nordeste que costuma facilitar nosso passeio em direção à Capital Federal. Dos dez pilotos que decolaram apenas três garantiram o pouso no gramadinho da Esplanada, Rodrigo Gerundo (RJ), Enio (RJ) e Marco Antonio (DF), mesmo assim foram necessárias mais de três horas para fazê-lo, além de muita navegação. Me mantive bem no voo, acima dos 1.200, enquanto estive forçando a rota sobre a BR, evitando a deriva em direção a Brasilinha, mas próximo ao Motel parei de forçar e segui paralelo à Reserva, um erro que me derrubou próximo à Polícia Rodoviária Federal. Foi um voo lento e trabalhoso mas com boas térmicas e teto alto. Agora estou um pouco moído, já que estava há um bom tempo sem voar. Fiquei na metade do caminho, no quilômetro 35 após 1h 50 min de voo e pousei em meio àquela criançada que é presença constante nas proximidades de Brasilinha.

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