Vils Brothers, em seu blog, fazem votos de um feliz natal e um 2008 com altos vôos, e ainda aproveitam para brindar a galera com esse magnífico vídeo-cartão.

### FELIZ 2008 ###

Feliz Natal e um 2008 repleto de bons vôos.

Feliz ano novo, adeus ano velho, que tudo se realize no ano que vai nascer, muitos quilômetros nos vôos, saúde pra dar e vender... Estes são meus votos para todos aqueles que têm como paixão o vôo livre, que compartilham dessa sensação ímpar que é voar. Que o espírito do Natal permaneça em nossos corações ao longo de todo 2008, que seja repleto de realizações, e que estejamos em paz com a vida, com a família, com o trabalho, com os amigos e, principalmente, consigo mesmo. Um Feliz Natal!!!

Mike Barber, o homem das distâncias.

Para quem não teve a oportunidade de conhecê-lo, o americano Mike Barber, é uma daquelas pessoas serenas mas completamente obstinadas para alcançar aquilo que desejam. Sua paixão é o vôo livre de longas distâncias, o famoso Cross Country, ou XC.

Mike Barber é o homem que mais longe vôou em uma asa delta. Na região do deserto de Zapata, no Texas, EUA, no ano de 2005, ele percorreu em cerca de 10 horas a distância de 707 km (437 milhas), aferida em linha reta entre o ponto de decolagem e o de pouso.

Apaixonado pelo Brasil e pelas condições de vôo aqui existentes, Mike é um visitante assíduo de nosso país. Brasília, Valadares, Andradas, Rio e muitos outros locais são velhos conhecidos dele.

Mês passado, no Rio, Mike brindou os pilotos cariocas com uma bela palestra na qual repassou um pouco de sua experiência como voador de distânticas, apresentando várias técnicas sobre como voar longe, como resistir ao cansaço, preparação necessária e etc. Um resumo, em forma de tópicos, foi publicado no site do Erick Vils, que nos autorizou a sua divulgação aqui no blog:

1 - A Preparação é fundamental;
2 - O vôo de longa distância é um jogo em que apostamos com a condição;
3 - Às vezes o objetivo diverge do melhor trajeto, deve-se avaliar se o melhor é seguir para o objetivo ou voar na direção da melhor condição;
4 - Encontraremos mais facilidades em sítio de vôo conhecido;
5 - Escolher o dia certo e não voar na véspera ou no dia seguinte. Em cada 3 dias escolher 1 dia para voar;
6 - Procurar trajetos retilíneos com alta pressão atmosférica;
7 - Acreditar no dia em que você escolheu;
8 - Evite ficar baixo em uma situação onde você tenha apenas um gatilho térmico e um pouso como opção. Seria como colocar todas as fichas em uma aposta "all-in-one". Esta estratégia é muito perigosa, porque pode colocar todo o seu vôo a perder;
9 - Vôo-livre de longa distância é algo que se constrói térmica a térmica, quilometro a quilometro e por isso não podemos ser irresponsáveis em botar tudo a perder;
10 - Avaliar o primeiro terço do vôo, se deve continuar ou pousar para se poupar para o próximo dia;
11 - O resgate é muito importante, ele deve ter poder de decisão e ajudar na avaliação. Deve estar munido de GPS e um rádio com uma boa antena;
12 - A comunicação é fundamental em vôos de XC;
13 - Água e barrinhas de cereais com acesso durante o vôo, analgésico preso na barra;
14 - Tomar um anti-inflamatório antes, durante e depois do vôo;
15 - Estudar mapas detalhadamente;
16 - Estudar a quilometragem das estradas e seus pontos de referência;
17 - Avaliar se o melhor é pousar perto da estrada ou voar mais alguns poucos quilômetros;
18 - Um rádio integrado com GPS pode facilitar o resgate;
19 - O XC Ceará apresenta condições parecidas com as condições de deserto;
20 - Usar pelos menos duas operadoras de celular;
21 - Voar é maravilhoso, porém a estrutura que envolve o vôo deve ser lembrada nos mínimos detalhes;
22 - Manter-se com raciocínio racional, evitar alegria em situações oportunas e tristeza em situações desconfortantes;
23 - Em roubadas no deserto ou em regiões desérticas caminhe a noite e de dia mantenha-se na sombra;
24 - Para evitar decisões erradas, não tenha medo de tomar decisões, tiradas ou pousos;
25 - Evitar a busca da térmica perfeita;
26 - Largar a térmica maravilhosa na hora certa e partir para o Cross;
27 - O Ideal e ter várias opções de pousos;
28 - Pensar no futuro, nas próximas decisões;
29 - Se estiver com muita indecisão, pode abrir o cinto e pousar ou acreditar na condição e partir para o Cross;
30 - Tenha confiança na próxima térmica, se o ‘zero a zero’ perdurar, partir para o Cross;
31 - Nas tiradas mais longas usar ¾ do VG;
32 - Beba muita água;
33 - Urine em vôo;
34 - As regulagens para Cross devem ser diferentes das regulagens para campeonatos;
35 - Relaxe em vôo e regule a asa para ficar macia. Melhor maciez do que performance;
36 - Devem-se avaliar os itens proporcionalmente: razão de subida x vento x altura de tirada x desempenho das últimas térmicas;
37 - Quando você está alto, voe McCready (mais rápido e parando somente nas fortes);
38 - Quando você está baixo, voe em "Speeds to Fly", ou seja, está subindo reduza velocidade para se manter na massa o maior tempo possível. Se está afundando, acelere para sair da massa descendente rapidamente.
Complemento: O Fabinho Nunes diz que, se você está muito baixo e tem pouso, deve colocar contra o vento, pois aumentam as chances de você "bater" em uma termal. Sobre os dados que o Mike Barber usa na configuração de sua curva "Polar" em seus instrumentos, ele não abriu o jogo, mas para quem quiser ver os parâmetros que o Erik e o Cedrik utilizam em suas WillsWing T2, clique aqui.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro...

Após o Sol ter brilhado sem dó durante o final de semana, a segunda-feira amanheceu chuvosa aqui em Balneário Camboriú/SC, mas enquanto isso, lá no Rio, deu Cristo novamente, como não podia deixar de ser, o Nader foi até lá no final de tarde para conferir. Ao lado o registro do momento especial, em mais uma de suas fantásticas fotos. Para quem não sabe, Nader Couri é o voador/idealizador do documentário "Asas um Sonho Carioca", um filme de Sylvestre Campe, premiado no V Festival Internacional de Cinema de 2006, na categoria de filmes de montanha. Ainda não viu, não fique aí parado, é alucinante, e pode ser adquirido pelo site em formato DVD. Talvez, as mais belas imagens do vôo livre de asa delta já captadas por lentes profissionais.

Kit Vôo Livre do Rally dos Sertões

Chico Santos, da GOUP, acaba de anunciar que, atendendo ao grande número de pedidos, em breve estará disponibilizando para aquisição um kit composto por camiseta e DVD de tudo que rolou durante o Rally dos Sertões. Aguardem, logo logo mais informações.

Bar da Sede do LCVL fechado para descanso.

A diretoria do LCVL informa que, a partir do próximo dia 23 de dezembro, o bar/restaurante da sede do Clube de Vôo Livre da Lagoa (LCVL), em Santo Amaro da Imperatriz, estará fechando suas portas. Mas calma lá, será apenas um período de descanso para Dayana e Pedro recuperarem as energias e retornarem dia 12 de janeiro com a pilha toda e aquelas refeições e lanches saborosos que fazem a alegria da galera de SAI, sem falar na geladinha que nunca falta. Durante janeiro e fevereiro o estabelecimento abrirá às sextas, sábados e domingos.

Festa de Encerramento do Flexicotton 2007.

No próximo sábado, dia 15, acontecerá a festa de encerramento do Campeonato OnLine de XCountry do Sul do Brasil, o FLEXICOTTON. O formato do campeonato é fantástico, instiga os pilotos a buscarem a condição para realização de vôos mais longos. São computados os 05 melhores vôos de cada piloto, limitado ao máximo de 02 os vôos de uma mesma rampa. Dessa forma, além da obrigação de voar em localidades variadas, faz-se justiça e equilibra-se a disputa, não havendo favorecimento aos pilotos que moram próximos a picos de vôo com melhor condição, nem prejuízo àqueles onde o vôo é mais fraco.

O programa e o site desenvolvidos pelo Frank Iha para envio dos vôos e computação dos pontos é de alto nível, e trabalha com precisão e celeridade. Além da inscrição dar direito a um kit fantástico, com brindes e produtos ligados ao vôo livre, como aconteceu em 2007, conta ainda com premiação em dinheiro além de passagens e outras mordomias, talvez a melhor atualmente que encontramos em nosso esporte a nível nacional.

Esse ano, sobem ao pódium na modalidade asa delta os pilotos Robert Etzold, de Balneário Camboriú/SC, em 1º lugar; Zé Maria, de Florianópolis/SC, em 2º e Eduardo Ellery, também de Balneário Camboriú/SC, na 3ª colocação. Parece até brincadeira, mas infelizmente no primeiro ano em que o campeonato foi aberto à categoria asa delta, apenas 04 pilotos fizeram sua inscrição, enquanto mais de 90 pilotos de parapente, dos três estados do sul do Brasil, participaram. Mais uma vez, a galera dos invertebrados se mostra muito mais envolvida.
Na categoria geral de parapente sobem ao pódium: Dozinete Lemos (Bigode/SC); Ronnie Koerich (PR) e Itacir Piccinin (RS), respectivamente em 1º, 2º e 3º lugares.

Registro aqui meus sinceros parabéns ao Frank Iha e seus Parceiros pela iniciativa que muito tem contribuído para o desenvolvimento do vôo livre. Muitos recordes já foram quebrados com o flexicotton, muitos deles marcas pessoais, de superação individual. Acredito ainda que muitos outros acontecerão nas versões futuras. Em 2006, na primeira edição, limitada ainda aos parapentes, dois pilotos realizaram vôos de 229 km, com decolagem na rampa de Tangará/SC.

Frank, fica aqui um apelo para a manutenção das asas no Flexicotton, aos poucos, e vendo as distâncias que serão voadas em picos variados, acredito que aquela galera acabe se empolgando e deixe de lado a comodidade dos pousos com biruta e local certo para as aventuras e emoções do free fly de longas distâncias.

Outro apelo, mas esse em tom de brincadeira, deixo para São Pedro, para que colabore com os pobres mortais que só podem voar nos finais de semana. São Pedro, tenta acertar os dias de condição com o sábado, domingo ou feriados, ok?!

Os números do campeonato:

Pilotos Inscritos: SC (68); PR (25) e RS (12).

Vôos Realizados: SC (332); PR (58) e RS (122).

Distância Voada: SC (10.385,41 km); PR (1.572,69 km); RS (3.458,47 km) - Total: 15.416,56 km.

Vôo mais longo: SC(144,58 km); PR (95,19 km) e RS (115,58 km).

Média dos Vôos: SC (31,28 km); PR (27,12 km) e RS (28,35 km).

FESTA DE ENCERRAMENTO

Local: Hotel Fazenda Mundo Novo (chalés próximo à sede)

Cidade: Pomerode/SC
Dia: 15 de dezembro de 2007
Horas: 20:00 hrs

Todos estão convidados, pilotos, resgates, familiares e amigos, participantes do Flexicotton ou não.

Zé Maria, em busca da condição.

Nosso querido Zé Maria, agora com sua Aeros Combat, tem mostrado o que o vôo livre representa para ele nesse momento. Um cara sensacional, que ama o esporte e tem se dedicado a voar distâncias aonde quer que a condição esteja. Zé Maria, depois de um ano de condições fracas, aproveitando a melhora das últimas semanas, e na disputa pelo primeiro lugar do Campeonato de XC de Santa Catarina, o Flexicotton, se dedicou integralmente nos últimos 15 dias à busca de bons vôos. Esteve no Escalvado, Canelinha, Jaraguá do Sul e por fim em Tangará, sempre acompanhado de sua fiel escudeira Yara. O que seria de um voador sem o apoio da companheira. Às vezes investindo na barca junto comigo, Robert ou João Rotor, outras, na garra, sozinho com obstinação.

Zé, tomei a liberdade de postar seu email aqui no blog para galera sentir um pouco do quê você experimentou perseguindo a condição na última quinzena. Esse ano ficamos muito longe dos cabeças do parapente, mas ano que vem, quem sabe...

By Zé Maria: "Não estivemos em Timbé por estarmos envolvidos na disputa do Flexicotton, e nosso último tiro foi Tangará. Saimos eu e a Yara de Floripa na quinta, debaixo de muita chuva, mas a tarde, no alto da serra, as previsões já se confirmavam e o céu foi abrindo. Sexta, sol e nós sozinhos na rampa, com vento SW lateral, aquela adrena. Sai na termal e fui bem no inicio,mas depois me perdi na rota, pousando perto de Videira com 21 km. Voltamos para o Sitio São Pedro, um lugar mágico, onde ao acordar me deparei com o Robert que tinha viajado a noite toda na neblina para voarmos juntos. Na rampa o mesmo vento lateral e perdemos o primeiro trem birutado por 3 parapentes do vale, Élcio, Sérgio e Edeuclécio, que ganharam com dificuldade. Resolvi então birutar e com uma decolagem ralada que me adrenou, não achei mais nada e tive de encarar o prego e suas limitadas opções de pouso.Tudo certo e depois de ver o Beto ganhar na minha cabeça, partimos para o resgate. Logo depois nos encontramos no sitio, ele se queixou de muita turbuleêcia descendentes de 10m/s e o vôo não rendeu apesar da condição. Beto seguiu viagem e o último dia amanheceu sem uma nuvem.

Na rampa o pessoal do vale birutou e 2 pregaram, como eu tinha feito no dia anterior. Consegui sair bem e fui derivando na mesma direção, o vôo mais liso e com bastante consistência. Algumas nuvens foram se formando no caminho e fui bem lento, tentando manter altura para que a condição se desenvolvesse mais para a frente.

Na altura de Friburgo, uma termal me levou a quase 3000mts e a condição estava alí, na minha frente. Saí picando a Combat em direção a uma nuvem e uma descendente animal que eu nunca ví foi me levando pro chão, e é claro que cheguei na termal na curva final para o pouso. Me recuperando do caboing, o cel toca, o Beto querendo saber do vôo, eu lhe dou os parabéns pois sabia que presisava ter voado mais para alcançá-lo.

Depois, já com os vôos lançados a diferença ficou em 13 km, caracterizando a diferença de praticamente uma termal, e selando uma amizade e companheirismo, e o prazer de competir neste formato, onde você escolhe o dia e o local da prova.

Obrigado a Yara minha companheira e resgate e ao Beto sempre nos motivando a voar melhor. Pena que você, Maninho, não tenha podido ir, parabéns pelo terceiro lugar e no próximo ano tenho certeza, teremos mais gente neste campeonato que ainda vai crescer muito.
Os vôos estão no www.brasilxc.com.br. Boas tiradas - Zé Maria"

Regulamento CCAD 2008 - alterações

Em reunião realizada no último dia 09, em Timbé do Sul/SC, com a participação de representantes da Federação Catarinense de Vôo Livre e dos Clubes de Vôo Livre da Galera (CVLG) e Jaraguá Clube de Vôo Livre (JCVL), foram discutidas as alterações no Regulamento 2008 do Campeonato Catarinense de Asa Delta.
As alterações sugeridas pela comissão de voadores do CVLG, atual organizadora do CCAD, tinham como objetivo adequar o regulamento, um tanto quanto obsoleto, à realidade atual do esporte, bem como promover uma disputa mais justa e ao mesmo tempo mais competitiva, direcionada ao aprimoramento de todos pilotos catarinenses e incentivo aos novos voadores.
1) Pontuação nas Provas de XCountry: provas de distância deverão ter sempre gol pré-definido, e a pontuação será proporcional à quilometragem voada em relação ao total do percurso. Pontuação máxima de 1.000 pontos atribuída apenas no caso de piloto no gol, sendo mantido o cálculo de tempo atualmente e vigor;
2) Validação das Provas: a) provas com triangulação serão validadas quando pelo menos um piloto consiga fazer o primeiro pilão; b) provas de distância com gol pré-definido serão validadas no caso de pelo menos um piloto atingir a distância minima de 20 vezes a altura da decolagem;
3) Cancelamento de Prova: o cancelamento de uma prova ficará a cargo, sempre, da decisão de uma comissão de 03 pilotos, pré-definida, sendo: 01 voador local, 01 pessoa da organização do evento que pertença ao clube local e 01 voador de outro clube que não participe da organização;
4) Categorias: Apesar da proposta do CVLG para que não fossem permitidas na categoria permanência a participação de pilotos com asas de alta performance, os presentes na reunião, por maioria, não acataram a sugestão, assim, para 2008 haverá 03 categorias distintas, sendo:
Performance (premiação dos 04 primeiros colocados); Permanência com King (premiação dos 03 primeiros colocados) e Permanência sem King (premiação dos 03 primeiros colocados).
Obs.: A definição da categoria que o piloto irá participar do CCAD 2008 será feita na primeira etapa com sua participação, ou seja, se um piloto optar por se inscrever na permanência com king em sua primeira etapa, não poderá trocar de categoria ao longo do campeoanto.
Particularmente, para o desenvolvimento do esporte e seus pilotos, bem como incentivo aos novos voadores, acho que jamais asas de alta performance poderiam participar em provas de permanência. Mais uma vez, teremos um campeonato com 06 ou 07 asas voando na performance e todos os demais, inclusive pilotos com muitos anos de vôo liftando no morro só para botar a mão em uma estatueta. Essa decisão, no meu ponto de vista, é lamentável.

Arco-Íris nas nuvens?

Sim, isso mesmo. Apesar de ser um efeito, não foi feito no photoshop, e sim pela própria natureza. Uma leve camada de círrus em meio aos cumulus predominantes no céu, com os raios solares incidindo em determinado ângulo proporcionaram esse belo espetáculo.

Rally SOSertões na TV - imperdível

Vem de lá galera do vôo livre. Nesse domingo, 09/12, às 22:30, será veiculado na ESPN Brasil a cobertura do Rally SOSertões, que aconteceu durante o mês de novembro no sertão nordestino. A expedição partiu de Recife até os Lençóis Maranhenses, tendo sido coberto um total de 1080 km, em 7 dias de vôo. O programa terá 50 minutos de duração e será inteiramente dedicado ao vôo livre. Não percam. Mais informações no site oficial do evento, SOSERTÃO, by Chico Santos.

15º Festival de Vôo Livre - Timbé do Sul

Acontece nesse final de semana (07, 08 e 09) o 15º Festival Sul-Brasileiro de Vôo Livre, a ser realizado na cidade Timbé do Sul/SC. Aberto para pilotos de asa e parapente, o evento contará com premiação em dinheiro correspondente a 50% do valor arrecadado com as inscrições, que podem ser feitas no pouso oficial do Poço do Caixão, a R$ 30,00, garantindo direito a camiseta personalizada do evento, café da manhã no sábado e domingo, alojamento no pouso com completa infra-estrutura para camping, troféus para os primeiros colocados de cada modalidade, ingresso para o show da banda Iriê e transporte para a rampa de decolagem.

Sábado de vôo.


Nesse sábado a galera do médio vale se reuniu para um free fly em Canelinha. Presentes Amílcar, Dingo, Zé Maria, Robert, Henrique, Cristiano, Simas, Fábio Negão, Maninho, Victor e Nilton. A intenção era chegar cedo à rampa, mais uma vez não conseguimos. Asas montadas o primeiro pelotão decolou por volta de 12:40 (Beto, Zé e Maninho). Uma saída bastante suada com térmicas quebradas e fortes descentes, cerca de 30 minutos de vôo próximo a área da decolagem, os três se alternando e birutando uns para os outros. Graças a isso em determinado momento foi possível engatar numa termal mais consistente que nos levou à casa dos 1.300 metros. Foi o suficiente para partida ao cross. Até esse momento os demais pilotos não haviam nem decolado ainda. Robert e Zé Maria jogaram para a roubada já na rota em direção a Santo Amaro. Eu, como sempre mais receoso, peguei justamente o sentido contrário e tirei em direção à BR-101. Uns 5 km depois encontrei outra ascendente e com a maior possibilidade de pousos nessa rota direcionei novamente o vôo no sentido SAI. O teto ali era mais baixo do que na região do vale, em razão da proximidade com o mar. Entubei a apenas 1.000 metros e depois disso não mais superei essa altura. Nos 15 km fiquei baixo em uma região de poucos pousos, mas com duas opções para salvar a brincadeira, 100 metros, cinto aberto, um pequeno piriri começa no vário. Hora de concentração. Deu certo, aos poucos fui subindo na deriva dela mas só alcancei 750 metros. A essa altura estava também um helicóptero enorme do exército que deve ter me visto botando a asa de faca para facilitar a visualização, pois logo alterou sua rota. Numa decisão errada encarei o vento de frente na direção de Biguaçú e por lá acabei pousando, numa área de plantação de grama de dar gosto. Depois fiquei sabendo que o Robert tinha cumprido o vôo declarado e pousado na sede do Clube de Vôo da Lagoa, em Santo Amaro. Zé Maria ficou próximo a mim em Antônio Carlos. Surpresa foi chegar a SAI para resgatar o Beto e ver o Dingo feliz da vida tomando uma cervejinha gelada. Decolou bem atrasado mas mesmo assim concluiu o percurso previsto. Não tive, até então, notícias do resto da galera.