
Altos vôos, mudanças no Flexicotton.

Confraternização em Canelinha/SC.
Bombaceira no azul do céu.

Ranking Catarinense 2007 de Asa Delta
2º) Ivo Isensee (Gaspar) 4082
3º) Ricardo Dingo (Blumenau) 3039
4º) Henrique Frasson (Florianópolis) 2405
5º) Eduardo Henrique (Balnário Camboriú) 1518
6º) Hudson Cabeça (Florianópolis) 799
7º) Márcio Bilck (Jaraguá do Sul) 558
8º) Pierre Tomazelli (Jaraguá do Sul) 486
9º) Leandro Dentista (Florianópolis) 421
10º) Sabiá (Florianópolis) 387
11º) Flavinha (Florianópolis) 352
12º) Arilton Tingão (Florianópolis) 224
13º) Dálvio Kvalo (Florianópolis) 223
14º) Marco Calegari (Florianópolis) 183
15º) Luciano do Rock (Blumenau) 21
Passeata de Trabalhadores

Quinta Sem Lei
A quarta-feira anunciou o que poderia acontecer com a condição no dia seguinte. Não teve jeito, não ia dar para trabalhar com aquele céu... Formei a barca com o Robert e minha mulher no resgate. Tudo certo, só não conseguimos chegar tão cedo na rampa. Decolamos às 12:30, com a sensação de que até mesmo uma hora antes teria sido um bom horário para alçar vôo, pois a condição já estava por lá, e o vento ainda moderado.
Robert investiu um pouco à direita e lá engatou na primeira termal, antes mesmo de chegar onde ele estava bati numa consistente que me levou próximo aos 1.000 metros - o teto naquele momento, marcha caçada e a primeira tirada entre a 470 e o morro do Baú. A termal do Beto não rendeu tanto, ele ainda jogou para baixo de onde eu estava mas já não a mesma coisa, optou então por tirar por sobre a cordilheira, batendo mais a frente num canhão que o levou ao teto e lhe proporcionou uma boa tirada. Atrasei um pouco o vôo com medo de entrar numa nuvem de base mais escura, a 1.250 metros, com isso o Beto veio derivando e acabamos nos encontrando novamente.
Outra tirada, optei por seguir pela BR470 enquanto ele se jogou rumo ao Baú, decisão mais acertada pois garantiu boa sustentação, enquanto eu afundava. A essa altura o vento já deveria ter o dobro da intensidade de quando decolamos. As termais estavam totalmente quebradas e difíceis de encaixar. O Beto tirou em direção a Gaspar e dali para frente nada mais subia, não foi possível alcançar a condição, acabou pousando próximo à fábrica do Ivo, que lhe deu uma força e ficou com aquele semblante de quem queria ter participado da brincadeira. Foram 26 km e 54 minutos de vôo, e a certeza de que poderia ter sido muito mais.
Como já não tinha altura confortável, e noiado com os arrozais da região, optei por voltar no contra vento na intenção de escorar na serrinha e aguardar um gatilho que me colocasse de volta ao vôo, o que não aconteceu, mas pelo menos naquele local um pouso seco era garantido. Foram 41 minutos de vôo e 18km de distântcia, com maior ascendente de 5,7m/s e descendente de 4,3m/s, 1.250 metros de altura.
Foi de chorar, a condição estava animal e bombou até o fim do dia. O resgate estava em baixo para acompanhar o vôo. Mas não foi dessa vez. Tudo bem, foi show de bola, como sempre.
PS.: os parapentes estão descobrindo o Escavaldo também, assim que decolamos chegaram 06 pilotos, sendo que dois deles pousaram no trevo 470/Gaspar e outro, um canadense, pousou junto comigo, quase que de ré por causa da ventaca.
Kit Roubada para o Rally SOSertão 2007

Remédios e químicas:
- Dorflex * (1 após pousar)
- AAS * (1 uma hora antes de decolar)
- Antibiótico Amoxicilina * (se precisar para alguma infecção decorrente de cortes ou fraturas)
- Colírio Trisorb (sempre que você perceber que seu olho parece um parquinho de areia)
- Arcoxia * (1 após qualquer luxação ou dor de inflamações em articulações por exemplo)
- Clorin (1 pastilha de cloro para purificar cada 1 Litro de agua quando lhe oferecerem agua de procedencia duvidosa ou cor de barro)
- Protetor solar fator 30 (de manha no hotel + antes de decolar + apos pousar)
(*) Atenção, consulte seu médico antes de administrar qualquer um dos remédios acima. Nós fizemos isso!
- Camel Back com no mínimo 1,5L
- Carboidrato em pó misturado na agua (alguns levam bisnaga de carboidrato em gel) e mais um pouco dele em pó para roubadas monstruosas
- Gatorade em pó misturado na agua
- Banana desidratada ou barrinha cereal
- Lanterna- Pilha reserva- GPS
- Celular de cartao (GSM) desbloqueado de preferencia com 2 chips das operadoras TIM e Claro
- Radio VHF HT com antena original pequena- Antena de aço embutida no casulo
- Rede de dormir portátil + cordinhas pra amarrar na arvore
- Para-quedas de arrasto
- Para-quedas de emergencia
- Canivete suiço- Alicate
- 2 Fitas leves de amarrar asa em rack
- Camera fotografica com suporte
- Variometro + anemometro (usamos o Compeo que tambem tem GPS embutido)
- Apito de futebol
- Capacete
- Joelheira
- Tornozeleira (meu pé direito ainda não está perfeito)
- Luva
- Blusa de vôo com balaclava (manguinha)
- Sistema de fonia embutido no capacete
- Chinelo
- 1 caneta e um pedaço de papel
- mapa da regiao de preferencia que tenha a escala de latitude e longitude com graus e minutos
- Mordomias (proteções para a asa após desmontá-la) e capa de cross-country para a asa
- 1 nariz de palhaço para tirar a foto clássica se merrecar (tive que usar 1 dia, infelizmente)
Força barra em Canelinha/SC
Mais uma vez a fissura para voar era grande, e mais uma vez São Pedro não deu a mínima e deixou a galera na mão em pleno feriadão. Apesar da incerteza da condição resolvemos colocar as asas no carro e seguir para Canelinha. Quando chegamos na rampa, por volta de 1h da tarde, após aquela velha enrolação pra conseguir resolver tudo antes do vôo, o Robert e Fábio Negão até que ficaram empolgados e acreditando em um bom vôo. Confesso que não fiquei muito animado, principalmente depois de constatar que a forte pressão de leste/sudeste predonimava na rampa. Nem tirei o brinquedo do carro, ali mesmo defini que não me jogaria do deck da pedra com uma ventaca lateral daquelas, para felicidade do Robert que tinha levado o Betinho, seu filho, e com a minha desistência acabava de garantir, além do resgate, baby siter para o pequeno resgatinho.
Montadas as asas, a pressão de sudeste era tanta que acabou criando um rotorzinho que, em alguns momentos, entrava de frente na rampa de sul, para sorte dos que voariam e felicidade daqueles que se livraram da tensão dos cabos na decolagem do deck.
No final foi tudo bem fraco. O Robert ainda ganhou a rampa e fez um voozinho local na turbulência. Só pra ter idéia, o vario dele registrou 9,4m/s pra baixo. Já o Fábio Negão partiu direto para o foot hill. Mais uma vez desci de carro amarradão com a certeza de ter feito a coisa certa.
Campeonato Catarinense de Asa Delta 2007 - Etapa de Santo Amaro da Imperatriz

Persistência Recompensada.

Antes mesmo de subir à rampa em Gaspar os planos foram mudados e resolvemos todos seguir para Canelinha. No caminho praticamente a certeza de que não rolaria vôo com aquela ventaca que rasgava do quadrante oeste. Subimos em 11 asas: Eu, Robert, Fábio Negão, Dingo, Ivo, Amílcar, Cristiano, Pereira, Dionei, Victor e João Rotor.
Era quase meio dia quando todos estavam com suas asas prontas. Muita vontade e pouca condição de vôo, mas a fissura era tanta que todos resolveram aguardar. E foi uma longa espera, de olho nas asas, que queriam sair do chão mesmo sem os seus donos, só foi possível decolar a partir das 3h30, quando o vento deu uma moderada. A galera optou por não voar tão livre e acabou definindo um quadrante de vôo com gol no aeroporto de Governador Celso Ramos.
Ivo foi o biruta do dia, seguido pelo Fábio Negão, Robert, Pereira, Amílcar, Dingo e João Rotor, compondo o 1º pelotão. Decolagem de uma suposta "rampa" de oeste.
Encabeçando o 2º pelotão, ainda cheguei a colocar minha asa na rampa de oeste, mas toda aquela pressão que antes exigia auxílio nos cabos da direita e da esquerda sumiu num passe de mágica. Já era a frente fria que avançava intensa do Sul, mas nesse momento ainda não influenciava tanto. Decolamos então da rampa oficial de nordeste aproveitando a pressão de frente que entrava suave. Dessa vez, saímos Eu, Cristiano, Dionei e Victor.
Mais uma vez o Robert matou o dia chegando em primeiro ao gol determinado, seguido pelo Ivo. O Dingo fez um vôo de 17km e ficou na trave do gol, muito próximo de completar o objetivo. Tanto o Beto quanto o Ivo deram seqüência ao vôo e seguiram em direção à ilha de Florianópolis, Robert chegou à entrada do oceano com 800 metros, tendo voado 25 km, mas como já era grande a pressão de sul, optou por voltar alguns quilômetros e pousar junto com o Dingo. Já o Ivo, que chegou na entrada da Ilha com um pouco mais de altura, 1.200 metros, resolveu encarar e cruzou o oceano para pousar próximo ao Ilha Shopping. Muita alegria para ele e canseira para sua fiel escudeira Cida, que estava como sempre no resgate da barca, e a essa altura já acompanhada do Pereira e Amílcar.
O resto da galera fez um bom vôo pela região de Canelinha mas acabou não saindo na tirada, pousando todos atrás da Igrejinha.
Apesar da ótima e totalmente inesperada condição de vôo que se formou após cerca de 4 horas de espera, na minha opinião a organização (Henrique) acertou ao cancelar a etapa de Canelinha. É claro que houve muita crítica, mas isso faz parte, como de costume, é muito mais fácil criticar depois do que participar das decisões antes. As condições de decolagem seriam impraticáveis para uma etapa de campeonato e, com certeza, a prova teria sido cancelada na rampa, só mesmo os muito obstinados ficariam quase cinco horas na rampa fissurados para voar. Hoje, domingo, o dia amanheceu chuvoso e sem condições da prática do vôo livre provavelmente o segundo dia de provas também seria cancelado, apesar de uma pequena melhora por volta das 2h da tarde. A galera resolveu brincar em Zimbros.
Destaque para mãe do Dingo, que o obrigou a levar uns pães de mel para o vôo, e acabou salvando a todos com uma injeção de glicose na veia, a maioria já estava tendo vertigens de tanta fome, afinal foi muito tempo de espera para voar.
Dessa vez venceu a fissura dos voadores obstinados, mais uma vez com Ivo e Robert sem largar o osso...
Cancelada a Etapa de Canelinha do CCAD 2007
Novo recorde brasileiro de distância - 452km


5ª Etapa do CCAD 2007 - Canelinha/SC