Domingo de gala para o Ivo.

Novamente na Canelinha fazendo parceria com Dingo, Ivo, Cristiano e James. Fábio, fiel escudeiro, fazia meu resgate, e garantia assim um voo mais despreocupado, sem saber aonde pousar. Mas o dia foi especial mesmo para o Ivo que, impaciente, decolou em uma péssima hora e mesmo assim, com muita persistência e sangue frio, se manteve no ar até ser recompensado por uma bela térmica que o levou à condição, que estava desenhada na rota para Santo Amaro da Imperatriz. Não deu outra, mais uma vez ele fez a travessia Canelinha - Santo Amaro, com direito a térmica na chegada e uma esticada no passeio pela região de SAI. Dingo também saiu na cruzada logo atrás, mas acabou ficando pelo meio do caminho, pousando na cidade de Antonio Carlos. Para mim o voo foi batalhadíssimo, primeiro para conseguir ganhar a decolagem e evitar um prego. Depois para tentar alcançar a condição e partir para um bom cross, o que não rolou. Com o teto a 1.500, cheguei apenas na casa dos 1.000 metros. Num voo muito turbulento tomei pancada de tudo que é jeito, não tive altura para cruzar as cordilheiras na rota que eles seguiram, parti então para voo solo onde consegui me segurar, mas não rendeu muito, valeu pela batalha. Pousei a apenas três quilômetros de onde havia descido no sábado, mas o que parecia perto olhando de cima era na verdade o fim do mundo quando lá embaixo. Fiquei nas proximidades de um pequeno vilarejo chamado Timbé. O rádio não funcionava, o celular muito menos e na estrada nem carro passava. Desmontei minha asa acelerado para agilizar tudo e tentar chegar na BR. Mais uma vez fui salvo por uma alma caridosa que passava de moto e gentilmente me levou até onde o celular tinha sinal. Daí pra frente foi rápido. Em vinte minutos estava resgatado, voltando para pegar minha asa e partir para dar uma força ao Ivo que estava sem resgate. Dois dias de voo no mesmo final de semana para mim, tinha virado lenda, ainda bem que dessa vez aconteceu.

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