Dando seqüência ao momento fissura, liguei cedo pro Zé Maria que sem pestanejar aceitou a pilha para mais um voozinho. O destino foi Santo Amaro, pela facilidade quando se está sem resgate e por razão dos compomissos do Zé. Enquanto montávamos as asas cinco paracas decolaram, dois deles engataram no meio do vale e foram à base, uns oitocentos metros, os outros pregaram sem escalas. Enfim prontos, mas pensamos ter perdido a hora boa. Toda região ficou sombreada, como a pressão era boa, decolamos assim mesmo. Nada de térmicas, a impressão era de que outro prego se aproximava. Fomos para o pouso oficial tentar por ali, já pois lá os primeiros raios de sol voltavam a incidir. Não deu outra, o Zé birutou uma fraquinha e lentamente recuperamos toda altura perdida. Foi um alívio ver o pessoal do paraca lá embaixo diminuindo a cada giro. Fugi daquela deriva e fui mais à frente buscar a próxima, dessa vez um pouco mais forte e constante na subida, o Zé chegou e enroscamos juntos novamente. Enquanto a atividade térmica aumentava as formações que se acumulavam atrás da decolagem me deixaram preocupado. Estiquei uma tirada pelo centro do vale pra sentir a eficiência da asinha nova, aproveitando para matar altura e retornar à sede antes da chuva se precipitar. Já pousado, não se passaram nem cinco minutos e o céu caiu no centro do vale. O Zé Maria que subiu derivando em direção à cordilheira ganhou boa altura e foi rumo ao Cambirela, voltou à sede fazendo milagre pra fugir da chuva mas ainda assim chegou um pouquinho molhado. Para conferir o tracklog dos voos clique ao lado: MANINHO - ZÉ MARIA.

Nenhum comentário: