Interditado o acesso à rampa do Escalvado.

Sabe aqueles dias em que você está simplesmente fissurado para voar, torcendo para que chegue logo o final de semana após uma semana sacal dentro de um escritório... Para mim, ontem foi um desses dias. O bom é que as previsões indicavam condição de vôo para o sábado, então era só preparar tudo e aguardar o dia amanhecer. Foi o que aconteceu, a asa já dormiu em cima do carro, bem amarradinha, o rádio estava carregado ainda do último vôo e até o resgate estava confirmado. Tinha tudo para ser aquele dia de vôo não é.... pois é, não foi. Apesar do teto um pouco baixo no caminho para a rampa, as formações estavam consistentes e a direção do vento se mostrava ideal para, quem sabe, um voozinho do Escalvado até a Praia Brava, em Itajaí. Mas nada disso aconteceu, sequer pude montar minha asa, ou ao menos ver a beleza da região lá de cima do morro. Acontece que as fortes chuvas que antecederam o carnaval jogaram meus planos por água abaixo. Isso mesmo, literalmente, pois mais uma vez a natureza mostrou sua força, toneladas de barro, troncos e galhos de árvores foram lançadas na estrada. Deve ter sido um deslizamento e tanto, pois um trecho de aproximadamente 100 metros da estrada simplesmente desapareceu debaixo de uma montanha de lama e árvores. O trabalho para liberar o único acesso às rampas de decolagem do Escalvado será árduo e irá requerer maquinário pesado. A única esperança será o auxílio da Prefeitura, pois por conta própria não sei se teremos condições de fazê-lo, já que é pequeno o número de pilotos locais. É uma pena, passei o resto do dia fissurado. Quem sabe amanhã em Canelinha, se a estrada permitir.
Nas fotos abaixo, o trecho destacado por um linha branca indica as margens da estrada que antes passava por ali.



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