
Ares de primavera fazem a alegria.

Divulgado ranking brasileiro atualizado.
Organização divulga o ranking nacional atualizado dos pilotos de asa delta, já lançadas as pontuações das sete provas realizadas durante a etapa de Brasília. Nenê Rotor (SP) e André Wolf (RS) seguem à frente em uma disputa particular pela liderança do ranking, bem como na busca do título de campeão brasileiro de 2008, confira. Destaque para os pilotos Zé Gala (RJ) e Cesar Castro (RS), que seguem na terceira e quarta colocações. Enquanto o simpático carioca é mais um no time dos dinos do esporte nacional, o tímido gaúcho é mais uma revelação da nova geração de pilotos.
Flexicotton, últimos dias para inscrição.
Atenção pilotos de Santa Catarina, no próximo dia 30 de agosto (sábado) serão encerradas as inscrições para o Flexicotton 2008, valendo lembrar que os pilotos inscritos que não confirmarem o pagamento da taxa de inscrição até esta data estarão fora da competição. Até o momento são 13 os inscritos na categoria Asa Delta, dos quais apenas 06 confirmaram o depósito. Para que haja premiação nessa categoria o regulamento exige um mínimo de 10 inscritos. Ainda há tempo, entre no site do evento e se informe: Flexicotton 2008.
Brasília 2008, a despedida.

Ventos fortes voltaram.

Mais um dia clássico em Brasília.

A etapa de Brasília do campeonato brasileiro de asa delta 2008 foi um sucesso absoluto. Cem por cento de aproveitamento, sete provas realizadas e um total de 764 quilômetros voados. Nenê Rotor (SP) sagrou-se o grande campeão após uma participação impecável, muito veloz e regular, foi o único piloto dos top five a completar todas as provas. A segunda colocação ficou com o atual campeão brasileiro André Wolf (RS), seguido por Jonny Durand (Open) e Zé Gala (RJ) na terceira posição e Glauco Pinto (DF) em quarto lugar. Glauco, local de Brasília, foi também o piloto revelação da etapa. Não bastasse o bom astral durante todo o evento, a premiação contou ainda com um pôr-do-sol daqueles que só se vê no cerrado, com direito a eclipse da Lua e tudo mais. Foi mais um dia clássico de vôo. A ausência de nuvens em nada prejudicou a brincadeira. Da metade do vôo para frente as fogueiras guiaram a grande maioria dos pilotos. Termais para todos os lados e o céu de Brasília ficou novamente tomado por um colorido especial. Das barcas que subiram de Santa Catarina restaram apenas Tingão, Robô e Eu. Valeu à pena, fomos recompensados com uma condição alucinante, que nos permitiu novamente um pouso seguro no gramadinho seco da Esplanada. A quantidade de asas chegando ao mesmo tempo exigia atenção ao aproximar. Hoje o vôo foi ainda mais rápido do que ontem, acabei voando praticamente na mesma rota do dia anterior, com pequenas alterações, concluindo o percurso em uma hora e quarenta minutos. Brasília é assim, só mesmo estando aqui para entender e curtir ao máximo.
Demorou mas a espera valeu à pena.
Até que enfim minha asinha chegou, e a estréia não poderia ter sido melhor. Hoje cedo já me ligaram da transportadora dizendo que poderia retirar o brinquedo. Não deu outra, formei a barca com o Ratão e Luciano, locais do cerrado, e fomos direto para lá. Asa na mão, sem muita pressa seguimos para a decolagem. Chegamos um pouco tarde e por isso acabamos sendo os últimos a decolar, mas isso não fez diferença alguma. As camadas de cirrus que vinham predominando desapareceram e no meio da manhã até umas modestas nuvens se formaram, mas logo se dissiparam, serviram apenas para mostrar que o teto estava alto e o dia prometia. O vôo foi só alegria, com um único momento abaixo dos 500 metros, próximo à Lagoa Bonita, mas tinha que ter algo por ali. Não deu outra, aquela água toda começou a se agitar e aí foi só jogar em cima e com paciência centrar a termal. Depois só alegria, as fogueiras foram parceiras no restante do vôo e a farofa predominou. Que vôo, show de bola. Cheguei na Esplanada com duas horas e dez minutos tirando de Sobradinho com 1650 metros, acelerei bastante mas o brinquedo não descia, cheguei com uns 500 metros no gramadinho e lá apenas quatro asas já pousadas, já que a prova do campeonato foi mais extensa hoje. Botar o brinquedo em solo ainda levou um tempo pois a panela de pressão tava bombando. Pouco depois veio chegando a galera, um por um, Patrick, Marcelo, Evandro, Robô e Tingão. Foi um dia alucinante. Já no campeonato, o brasiliense Glauco Pinto, revelação total, matou a prova de 128 km em duas horas e meia, chegando seis minutos à frente do segundo colocado, Nenê Rotor (SP). Abaixo, tela do vário/gps com os dados do vôo e outras fotos: 1.725 de altura máxima, 7.4m/s pra cima e 8.5 m/s pra baixo.





5º Dia de prova em Brasília.

Como há muito não acontecia no campeonato brasileiro, o aproveitamento nesta etapa de Brasília tende a ser de 100%, com sete dias de provas sendo realizadas. Tudo indica que o resultado ficará mesmo para o última dia, sábado, pois as pontuações estão bem próximas, os pilotos muito regulares e a partir de agora será aplicado o descarte. Até o momento a única coisa que parece estar definida é a soberania de Nenê Rotor (SP) e André Wolf (RS), os caras estão voando demais, sempre à frente e puxando o ritmo. Hoje o Nenê cruzou a chegada rasgando a mais de 100km/h, seguido de perto pelo André. Os dois têm se revezado na disputa. Das barcas catarinenses que permanecem em Brasília, hoje foi o dia do Tingão, que pousou faceiro no gramadinho da Esplanada. O velho Tinga tem dado altos vôos mas hoje seu prêmio foi especial, com direito a uma cervejada na Esplanada.
4º Dia de prova em Brasília.
Mais um dia com muito cirrus no vale do paranã. Prova de 89,7 km com pilões na Olaria, Morro da Capelinha, Arado da Embrapa, Sobradinho e goal na Esplanada. Muitos pilotos no caminho mas também boa parte deles no goal. Com exceção do Glauco Pinto (DF), que caiu em direção ao segundo pilão, as primeiras colocações foram novamente divididas entre André, Nenê e Durand. Resultados logo mais no Superrace.




Catarinenses na Esplanada.




Mais um dia de céu azul...
Dia mais difícil para os free-flyers.
Uma barca que naufragou.
Pior do que não poder vir a Brasília durante a temporada de vôos só mesmo estar aqui na capital sem o meu brinquedo preferido, minha asa, com os pés no chão e pensamento no alto. É o que estou passando nesses dois primeiros dias na cidade. Cheguei de avião na sexta pois tinha o casamento de um amigo, mas estava tranquilo porque tinha formado a barca com o Robert que traria minha asa. Isso mesmo, traria. Por motivos que o impediram de vir na última hora a "barca naufragou", quase chorei... Como foi na saideira todos já tinham partido pra Brasília e minha asa não pode aproveitar a carona de ninguém, lá está em Camboriú, triste, solitária e na umidade de uma garagem. Agora só resta aguardar pela transportadora e torcer para que a asa chegue inteira.
A grande águia de Brasília.

Que Brasília tem na sua estrutura arquitetônica central a figura de um avião não é novidade para ninguém. Por algum motivo assim se deu a sua concepção, nos traços de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Por outro lado, o lago Paranoá, outra criação do homem, um artifício para amenizar os problemas de baixa umidade nos períodos de seca, ter justamente a forma de uma grande Águia, aí já é concidência demais. Tudo nos leva a crer que realmente Brasília foi feita para voadores.
Aprendendo a voar...


Pois bem, muitos agora podem estar se perguntando: lugar para decolar em Brasília todos já sabem que existe (ver postagem anterior), mas como é que se faz para aprender a voar por lá, já que não existem montanhas ou morros. Será que utilizam técnicas do vôo a reboque? Longe disso, na natureza nada se perde, tudo se transforma, se cria, principalmente se por perto existir um ser humano obstinado e que não se cansa de perseguir um sonho. Com o vôo livre de asa delta em Brasília não foi diferente, Ricardo Ortega, um apaixonado pelo esporte, ícone dos primórdios do vôo livre nacional, batalhou para que a cidade tivesse um local para instrução de novos pilotos, foi daí que surgiu o "Morrote". Em uma área verde meio que abandonada, na região mais nobre da Capital, nada existia além de mato. Ortega percebeu o potencial do local e com persistência conseguiu transformar o lugar na base de perpetuação do esporte em Brasília. Conseguiu apoio e saiu em busca das autorizações burocráticas necessárias, e lentamente, carrada após carrada. entulhos foram sendo ali depositados, até dar lugar a um morrinho artificial, despretensioso, mas que hoje goza de estatus de parque, onde é possível tornar realidade o sonho de voar. Comigo foi assim, quando ainda nem grama existia naquele Morrote, durante meses comi poeira, subia o morro carregando a asa nas costas para decolar, pousar e decolar novamente, isso nos idos de 1998, dez anos atrás. Atualmente toda a área é protegida. Por sobre os entulhos e a poeira agora existe um belo gramado. O anfiteatro merecidamente deu lugar à sede da Associação de Vôo Livre do Distrito Federal (AVLDF). Que assim continue sendo por muitos e muitos anos e que o grande mestre dos ares e querido amigo Ortega por lá esteja sempre, com novos e velhos alunos reunidos, mesmo nos dias de vento virado, nem que seja para apenas falar sobre a maravilhosa arte de voar.
Brasília sedia mais uma etapa do Brasileiro de Asa.

Piada de voador.
Sábado, como de hábito, me levantei cedo, coloquei meu agasalho, vesti-me silenciosamente, tomei o meu café e até fui caminhar com o cachorro. Em seguida, fui até a garagem e amarrei minha asa no rack do meu 4x4. De repente, começou a chover torrencialmente. Com a chuva, ventos a mais de 80 km/h. Liguei o rádio e ouvi que o tempo seria chuvoso durante todo aquele dia. Voltei imediatamente pra casa, silenciosamente tirei minha roupa e deslizei rapidamente para debaixo dos cobertores. Afaguei as costas da minha mulher suavemente e sussurrei: - O tempo lá fora está terrível. Ela, ainda meio adormecida, respondeu: - Você acredita que o idiota do meu marido foi voar com esse tempo?
piada extraída da lista yahoogrupos AmigosVoadores
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