Ventos fortes voltaram.

Passada a semana do campeonato, Brasília voltou ao normal, nada de asas rasgando os céus do cerrado e colorindo o centro do "Poder". O céu azul deu lugar às formações de nuvens, mas com elas vieram as tradicionais ventacas do deserto. Assim foi a semana que sucedeu à etapa do brasileiro, marcada pela presença de muitas nuvens mas tomada por ventos fortes que deixaram precárias as condições de vôo, pelo menos até a última quinta-feira, quando uma leve brisa voltou a imperar. Ainda na terça-feira, juntamente com uma galera do cerrado, fomos à rampa para um força barra. Como esperado, a turbulência lá no alto era das grandes, daquelas que você fica agarrado ao trapézio com unhas e dentes. Muito vento e térmicas nervosas. Nesse dia não estava muito para o vôo, acho que já na primeira térmica percebi que queria mais pousar do que voar, quer dizer, ficar lá em cima tomando lambada sem parar. Estacionei com segurança o brinquedo no arado da fazenda JL. Em seguida, com o pensamento semelhante ao meu, foi a vez do Evandro na fazenda Espumoso, que agora teve o nome alterado para "espinhoso", devido à quantidade de carrapichos no pouso; depois Luciano em Brasilinha, Dudu próximo à Embrapa e apenas o André Nardelli, fissurado que estava, sem voar há mais de um ano, foi guerreiro o suficiente para levar sua asa até o gramadinho da Esplanada, chaqualhando sem parar.

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