Com o sol brilhando e a interdição do acesso a alguns morros na região do Vale do Itajaí, as rampas do Escalvado voltaram a receber as asas que há algum tempo estavam desaparecidas. Mais uma vez fora do melhor horário, chegamos juntos no sábado para uma boa brincadeira. Ivo puxou o vagão seguido pelo Robert e João Rotor. Decolagem técnica, nada de ventinho de frente, o que se verificava era uma rotozeira constante, daquelas que a birutinha presa ao cabo girava a cada instante. Essa condição acabou atrasando em mais alguns minutos a decolagem do segundo pelotão. Quando decolamos Beto e João já haviam feito a primeira tirada, mas com pouca altura. Dos três apenas o Ivo ainda insistia tentando se manter no ar, com térmicas muito quebradas e fracas. Como não dava para ganhar muita altura saímos eu, Dingo e Ivo com uns 600 metros para buscar a próxima térmica ao lado da BR-470. Realmente não estava fácil, só pra ter idéia, nessa hora o Beto, que tinha saído bem antes, chegou baixo para se juntar a nós enquanto achávamos que ele já estava bem adiantado. Subimos nos ajudando na turbulência, e o vento tinha apertado bastante. Como não sou tão "guerreiro" como o resto da gangue, quando eles tiraram optei por insistir um pouco mais e nisso consegui ganhar mais 200 metros e alcançá-los mais à frente, na região do Baú Baixo, em uma posição mais confortável. Depois agradeci por isso, pois essa área foi justamente aquela onde aconteceram grande parte dos deslizamentos durante a última enchente e embaixo tudo era lama. O que antes eram arrozais agora mais parecia um mar de lama. E lá estavam eles, Ivo e Dingo, baixos, sem opção de pouso, ralando pra tentar garantir a saída daquele buraco. Conseguiram, mas sem altura salvaram apenas um pouso seguro. Passei a diante mas cheguei baixo no que poderia ter sido mais um gatilho, mas não tive gabarito pra arredondar aquela térmica, forte e turbulenta, que acabara de se desprender, pelo menos não na altura que estava. Fiquei então no km 17, já pousando com a ventaca. O Robert ganhou na minha cabeça, subiu uns 300 metros e se juntou ao João Rotor que havia pousado no trevo de entrada para Gaspar, no km 23. Ninguém conseguiu chegar ao teto, fui o mais alto no dia e não passei dos 800 metros. De qualquer forma, o vôo foi ótimo com todos juntos de termal em termal. É possível que fosse melhor se tivéssemos decolado mais cedo e voado em condição de vento moderado por mais tempo, mas vai saber não é. Vôo livre é assim mesmo, uma caixinha de surpresas.
Domingueira em Salete.

Depois da tempestade vem a bonanza...
Bem, por aqui a bonanza vai demorar um bom tempo a chegar e acho até que esse ditado não seria muito bem visto, já que os estragos foram imensos para milhares de famílias. Mas, passada a tormenta, agradecido por nada ter sofrido, retorno às minhas postagens após quase quinze dias para dizer que o acesso às rampas do Escalvado/SC econtra-se totalmente liberado, como se nada tivesse acontecido por lá, apesar de ficar a menos de dez quilômetros de uma das regiões mais atingidas, o alto do Baú, no Município de Ilhota. Portanto, quem estiver na pilha de dar aquele vôo sem ter que ficar muito tempo na estrada, fique sabendo que a estrada está ótima. Mas atenção, se por terra está tudo tranquilo, no ar, é bom ficar atento, pois o tráfego aéro é intenso já que muitos helicópteros continuam sobrevoando a região soterrada no pé do morro do Baú. Bons vôos...
Ah São Pedro, chega de chuva...

Ninguém contradiz o fato de que o ser humano tem maltratado, desde os primórdios, seu próprio lar, a Terra. Independente de toda controvérsia que gira em torno de sua origem - particularmente acredito na atuação de forças supremas - é um lugar cheio de belezas, encantos e recursos para prover a vida e proporcionar a alegria dos voadores em cada continente. Mas, nem tudo é só maravilha. Toda ação provoca uma reação, e quando se trata de forças da natureza os estragos costumam ser grandes. Aqui em Santa Catarina a situação está crítica há muito. Nos últimos meses Sol e Lua tem sido astros pouco vistos por aqui. Voar tem sido prazer raro. A chuva não pára. Os institutos climáticos já falam em alterar a medida dos índices pluviométricos de milímetros de chuva para oceanos de chuva. Ah São Pedro, dá uma trégua pra gente, prometemos ser mais cordiais com o meio ambiente. Acima foto tirada da janela do escritório na tarde desta sexta-feira de inundações em Balneário Camboriú e Itajaí.
Robert Etzold é novamente campeão.
De qualquer forma, valeu o empenho de todos os envolvidos na organização e dos pilotos, amigos e familiares que compareceram em peso e transformaram o evento em mais uma grande confraternização de voadores.
Sem alterações na classificação das categorias principal e ascendente o campeonato terminou com Robert Etzold, de Balneário Camboriú, sagrando-se, merecidamente, o campeão de 2008, ficando o vice campeonato, novamente, com o blumenauense
Ricardo Dingo. Victor Diniz, de Indaial, da nova geração do vôo catarinense, terminou na terceira colocação prometendo dar trabalho em 2009. No sábado, apesar da presença do sol, os ventos não deram trégua e predominaram de cauda durante toda a tarde, comprometendo a segurança das decolagens.
Mesmo assim, num momento em que ainda se acreditava na virada dessa condição, a comissão de prova definiu um corrida ao gol, que seria na cidade de Apiúna, 34 quilômetros da decolagem.
Tingão, de Floripa, representando os dinos do esporte local, deu início à prova com uma bela decolagem, cheio de determinação, aproveitando uma paradinha do vento. Birutou a primeira do dia.
As decolagens se seguiram espaçadamente, sempre que o ventinho aliviava um pouco alguém se jogava, literalmente em alguns casos. Alguns pilotos optaram por não decolar. A prova foi escolhida em contra-vento acreditando-se na virada de quadrante o que, infelizmente, não aconteceu.
O resultado foi a ausência de pilotos no gol, apesar da insistência e batalha de alguns, como Robert e Dingo que, mesmo tendo voado mais de duas horas, sequer superaram a barreira dos 20 quilômetros. Foi uma dança difícil, um pra frente e dois pra trás.
No domingo já nem importava mais o quadrante de vento, pois o dia amanheceu chuvoso na região. É isso aí, parabéns ao Penta Campeão e a todos os demais que contribuíram para realização de mais um belo Campeonato Catarinense de Asa Delta! Valeu galera...
Última etapa do catarinense de asa 2008.

Pomerode volta a sediar uma etapa do catarinense de asa. Com decolagens do Morro Azul, acontece no próximo final de semana, 15 e 16, a última etapa do Campeonato Catarinense de Asa Delta 2008. Os pilotos locais Victor, Isac e João Rotor, em parceria com o Clube de Vôo Livre da Galera estão à frente da organização do evento que, se São Pedro permitir, tem tudo para ser uma grande festa, com a presença de pilotos dos quatro cantos do estado de Santa Catarina na disputa pelo título de 2008. A briga segue acirrada entre os pilotos Robert, de Balneário Camboriú, Dingo, de Blumenau e Victor, de Indaial, mas outros pilotos ainda têm chances de levar o caneco, restando 2.000 pontos em jogo e a possibilidade de mais um descarte. Até o momento foram cinco as provas válidas pelo CCAD 2008, com etapas realizadas nas cidades de Escalvados, Canelinha, Jaraguá do Sul e Gaspar. Confira a classificação. Os waypoints do campeonato estão disponíveis no link ao lado, baixe com antecedência para o seu GPS, dessa forma você facilita as coisas para si e também para a organização. Compareça, somos nós quem fazemos o evento, a presença de cada um é sempre importante.
Vôo Bom?! Só se for em outro Estado.

Vôo livre na mídia.
Nos últimos trinta dias o vôo livre de asa delta ganhou mais destaque na mídia do que durante todo o ano de 2007 e, quem sabe, 2006 juntos. Isso graças ao ingresso em nossa tribo do homem pássaro, Luiz Henrique Tapajós Antunes dos Santos, o "Sabiá". Recentemente, o número 1# do base jump no Brasil tomou gosto pelos vôos de asa e parece que se apaixonou. Desde então, além de se dedicar bastante ao aprendizado e evolução no esporte, tem sido responsável pelo lançamento na mídia televisiva e eletrônica (internet) de matérias sobre o vôo que têm feito a cabeça de voadores nos quatro cantos do país. Sempre desejamos mais espaço e apoio da imprensa para o esporte. Mais do que isso, lutamos pela inserção de matérias positivas/ educativas sobre o vôo, seja ele de asa delta ou parapente, ao contrário do que estamos acostumados a ver, geralmente aquele estardalhaço toda vez que um acidente ocorre. Esse apoio que começa a surgir é de grande importância e vem somar ao trabalho "informal" de inúmeros aficcionados que, graças à tecnologia da internet, lançam diariamente em seus blogs notícias, informações, fotos e vídeos os mais variados sobre o vôo livre, achatando as fronteiras e desmistificando nosso esporte. Por essas e outras a comunidade do vôo anda mais feliz ultimamente. As matérias têm sido divulgadas pela emissora ESPN e podem ser acessadas no planetaexpn.
Definida equipe brasileira no mundial 2009.

Terminada a temporada de competições de 2008, está definida a equipe brasileira que irá disputar o Mundial de Asa em 2009, na cidade de Laragne, na França. O país será representado nesta 17ª edição pelos pilotos Nenê Rotor (SP), André Wolf (RS), Zé Gala (RJ), Michel Louzada (SP), César Castro (RS) e Geraldo Magela (RJ). A elite brasileira é composta, de forma equilibrada, por paulistas, cariocas e gaúchos, o que não é surpresa alguma, já que os três Estados são os grandes celeiros do vôo livre nacional. O Brasil esteve representado nos mundiais desde sua primeira edição, que aconteceu em Kossen, na Áustria, em 1976. Em 2005, pela primeira e única vez o país deixou de participar. A competição foi realizada em Hay, na Austrália. As melhores participações brasileiras aconteceram em 1981, quando Pepê Lopes sagrou-se campeão mundial na cidade de Beppu, no Japão; e em 1999, na Itália, Monte Cucco, onde os brazucas conquistaram o primeiro lugar por equipes, com o gaúcho André Wolf na 2ª colocação individual, poucos pontos atrás de Munfred Hummer; o carioca Pedro Mattos em 3º e o gaúcho Betinho Schmitz em 4º. Em 2007, em Big Spring, Texas/USA, a participação brasileira foi frustrante. A equipe chegou como favorita ao título mas acabou amargando uma pálida 9ª colocação, apesar do elevado nível técnico de seus pilotos. Nenê Rotor foi o brasileiro melhor colocado e terminou o campeonato na 19ª posição. Da equipe, que é constituída pelos seis pilotos com melhor pontuação no ranking nacional, apenas André Wolf e Nenê Rotor têm experiência em mundiais, o que, acredito, não deve ser tido como um fator prejudicial. Nenê esteve presente nas edições de 1988, 1989, 1991, 1993, 1998, 2001, 2003, 2007, e André Wolf em 1995, 1998, 1999, 2001, 2003, 2007. É isso aí, boa sorte aos brazucas e que consigam na França manter a técnica e regularidade que têm apresentado nas competições nacionais. Informações sobre o mundial, clique aqui. FONTE: Blog do SuperRace.
Flexicotton 2008: deu "pau" no servidor!!!
ATENÇÃO pilotos inscritos no campeonato de cross country catarinense, o Flexicotton, devido a problemas técnicos no servidor que hospeda o site da competição os registros dos vôos enviados a partir do dia 01/09/2008 foram perdidos, como também as inscrições realizadas após esta data. A organização solicita que os vôos perdidos sejam reenviados e as inscrições refeitas. Com o relançamento dos dados o campeonato seguirá normalmente. A boa notícia é que já está disponível no site nova versão do programa para download dos vôos, tendo sido corrigidos os problemas relacionados ao envio de vôos dos GPS Flytec 5020, 5030, 6030, Compeo e Competino.
Afiando os braços para o recorde.

Na foto ao lado André Nardelli e família, na rampa. Abaixo, o relato do vôo de 209,9 km, realizado uma semana antes da quebra do recorde, quando já estava cheio de más intenções e afiava os braços para o que viria a seguir. "Foi mais ou menos assim: Tufão na decolagem e só eu de piloto com um cabo apenas ... quase fui cuspido p/ trás da rampa antes da hora, mas numa merrecada consegui decolar! merrecada? a asa foi subindo e indo p/ trás ... estica mais ... pica ... ufffa ... nisso vi que acabara que chegar o Bruno p/ voar (putz, 1 minuto antes e ele teria me ajudado a decolar de uma maneira menos imprudente) ... fui obrigado a "emprestar" o resgate p/ ele ter pelo menos dois cabos! (o ideal eram 3) Eu tava tão focado em fazer um cross p/ Itaberaí que não percebi que a previsão de E e E/NE no fim do dia estava totalmente furada! Resultado, fui p/ passaporte, levei porrada de tudo que é jeito, afundei tudo e quase fico sem pouso no meio da turbulência. Ali, tava era quase sul ... e forte ... descobri da pior maneira possível!!! Voltei mau-humorado, assustado e suado p/ rampa e já fui logo falando no rádio que iria pousar no boteco da Lagoa do Jacuba (prox. Agua Fria), tomar um banho e encher a cara ... mas como piloto já é mentiroso em terra firme, lá em cima então que não dá p/ confiar mesmo ... passou o susto, esfriou um pouquinho e rapidinho mudei de idéia e peguei gosto pelo vôo novamente. Nisso foi quase uma hora jogada fora, p/ quem queria ir longe era um tiro no próprio pé! (13h e ainda tava na rampa ...) Era um dia de muito azul e as poucas nuvens estavam sempre na robada ... passei por Córrego Rico e fiquei baixo logo após ... lembrei do "talco" que é a estrada lá e acabei dando um jeito de subir ... nisso o Bruno desiste de voar e libera o resgate. Só lembro de pedir p/ Leo acelerar bastante pois eu iria cortar caminho pelas terras de malboro e ele já estava muito p/ trás. Ganhei bastante altura e atravessei com certa tranquilidade a serrinha sem precisar dar a tradicional e única volta por Mato Seco ... não sei de onde o google earth tirou que existe outra estrada ... não existe ... é só robada!!! Nisso o rádio já começava a dar sinais de que não seria um vôo daqueles tranquilos, com resgate por perto, etc. ... eu ouvia relativamente bem mas o carro reclamava que chegava tudo muito falhado, repete, etc. Quando estava já alto antes de Pe. Bernardo consegui um contato legal com o rádio ... mas nem foi tão legal assim: o pneu furou e o estepe, comprado de última hora no borracheiro da esquina, estava vazio! (obrigado ladrõeszinhos de estepe de caminhonete). Nem o compressor desses de camelô que liga no isqueiro do carro resolveu ... o bico estava estragado e não segurava ar muito tempo ... ia ser uma longa viagem até o prox. vilarejo ... só deu p/ falar p/ Leo não forçar a barra e se fosse o caso pegar uma carona e voltar depois, etc. ... tava sozinho de novo!!! Mais tarde ouvi no rádio que um caminhoneiro parou e indicou uma borracharia a uns 6km mais p/ frente e 1km fora da estrada que ninguem conhecia ... não é que existia mesmo ... foi a salvação da pátria ... (obrigado Senhor). Não consegui falar, mas pelo menos sabia que o problema do carro já estava encaminhado! Daí p/ frente nem ouvir mais conseguia ... então aproveitei p/ esquecer a rodovia, e voar onde eu achava que a condição estava melhor! (como se eu voasse na rodovia normalmente ... rsrsrs) Por ironia do destino aonde estava mais fácil (uma fogueira gigantesca, aliás um área enorme pegando fogo, eram várias fogueiras) foi onde fiquei mais baixo ... dispensei a primeira porque queria no mínimo um +5 ... e acabei foi despencando de vez sem que o canhão me pegasse ... apesar de estar voando no meio da fumaça e com fogo em baixo!!! Isso era bem a direita de 2 irmãos e a região me lembrou muito os vales europeus ... tava lindo, legal, diferente ... mas pô ... é longe de tudo e preciso subir caramba! Já que seguir a fumaça não estava dando muito certo, resolvi fingir que não tinha fogo em baixo e procurei no relevo onde seria o gatilho em situações normais com aquele vento ... não é que deu certo, subi rápido e coloquei a maior altitude do vôo todo! Toquei p/ Barro Alto na certeza que dessa vez chegaria (já morri na praia ali algumas vezes)... Não é que cheguei ... e agora? esse era o último ponto que eu tinha gravado ... sem ajuda de gps e já cabeção do vôo, comecei a "viajar" e confundi a estrada que eu estava com a de Niquelândia que eu lembrava (pelos mapas) que ia voltando e era robada! Nisso vi uns floquinhos estavam na direção do poente e acabei tomando coragem p/ atravessar os morros de Barro Alto ... no fundo eu já sabia que tava fazendo besteira, mas não enxergava direito por causa da sujeira no ar e sol na lata ... quando deu p/ ver o que tinha do outro lado aí sim tive certeza que tinha feito mer#% ... e já não dava mais p/ voltar ... era só estradinha sem vergonha e nada por perto ... ainda passei em cima de um vilarejo cuja estrada era na perpendicular e não ajudava muito ... paciência ... o jeito era continuar voando que uma hora chegaria na belém-brasília! Só que não cheguei e ainda fiquei baixo mais uma vez, só que agora em terras totalmente desconhecidas, sem muita perpectiva, sem rádio e sem saber qual a direção da saída mais próxima... quando já tava numas de procurar uma fazenda ou algo parecido p/ passar a noite... esbarrei sem querer num piriri que meu salvou... Depois de uma certa altura, avistei uma estrada de terra boa que mais na frente tinha uma balsa p/ atravessar um rio... se tem balsa, tem bar... tô salvo, pensei!!! Ouvi o rádio chamando e só consegui falar p/ Leo dormir em Barro Alto que no dia seguinte ficava tudo mais fácil ... não ouvi a resposta dele e também não tinha certeza se ele tinha me ouvido. Avistei uma cidade "grande" na beira do asfalto mas de novo fui "gulosão" e joguei mais a esquerda numa fumaça ... se tivesse passado por cima da cidade que seria o mais natural, teria visto o asfalto que ia p/ Hidrolina e aí era só ter calma, enroscar em qualquer zerinho que só na paciência (deriva) chegava! Mas enfim, com a decisão errada que tomei por estar perdido e o com o que eu dispunha no momento, só me restava bater o recorde (que seria por diferença ridícula) e dormir no mato ... dormir no mato ... naaaão ... peraí ... lembrei de tudo que já tinha superado antes, das chances que me deram, do pneu que apareceu borracheiro do além, dum bom banho, comida e cama limpa ... e resolvi não abusar mais da sorte ... encarei o ventão contra e voltei p/ pousar na cidade. Foi uma longa volta ... a asa não penetrava ... aproveitei p/ relaxar e curtir o visual! Mas, foi a melhor coisa que poderia ter feito ... pousei num descampado que era um verdadeiro aeroporto internacional ... do lado de um poste de iluminação e a 60mts de um orelhão!!! Rapidamente descobri que meu celular não funcionava na região (estaria no mato e na lama) e principalmente que estava muito mais próximo de Barro Alto do que imaginava... aliás, até então, eu não tinha a menor idéia de qual caminho o carro deveria seguir... Não consegui contato com o Leo, mas liguei em casa e pedi p/ ficarem tentanto, e também p/ passarem mensagem de texto com o itinerário p/ me achar! Desmontei a asa com toda a calma do mundo (o poste era filé, iluminação total), guardei a asa na casa de uma família que me deu jantar e parti p/ pousada já com tudo resolvido! Fiz uma última tentativa de rádio já totalmente sem esperança ... e caraca ... a resposta veio rápida, alta e clara ... o Leo já estava na cidade... show... o cara é profissional ... (ele já tinha arrumado um lugar p/ dormir em Barro Alto e já tava de banho tomado quando chegou a mensagem de texto... se informou no posto de gasolina e veio rápido!) Pouco mais de meia-noite e já estávamos chegando em Brasília... inacreditável... principalmente pelas circunstâncias!!!"
Nenê Rotor fatura o brasileiro de 2008.

Brasília tem novo recorde de distância.

Como anunciado neste blog em postagem recente, o recorde de distância do DF estava com os dias contados. Foi mais cedo do que o esperado, e aconteceu em dose dupla. Como sempre, a condição de vôo em Brasília durante o mês de outubro não tem decepcionado. Ontem, 15 de outubro, os 225 km do piloto carioca Fabio Nunes, conquistados em agosto de 2006, deixaram de ser o recorde de distância do DF, graças à vontade e determinação do piloto brasiliense André Nardelli que, entre amigos, já havia confidenciado sua obstinação por trazer o recorde de volta para casa. Sem bairrismo é claro. Sua "má" inteção acabou contagiando outros pilotos locais, e o resultado foi um novo recorde em dose dupla, conquistado pelos pilotos André Nardelli e Glauco Pinto, que voaram o tempo todo juntos em rota no sentido sudoeste. Cruzaram todo o Distrito Federal passando ao norte de Brasília, Águas Lindas de Goiás e Anápolis, pousando próximos à cidade goiana de Itaberaí/GO, ficando estabelecido, com isso, o novo recorde do cerrado brasiliense/goiano - 257,4 km. Para conferir os vôos acesse o site do XC Brasil. Parabéns aos calangos voadores André e Glauco pela merecida conquista, de longe estive torcendo pela realização do feito, e fiquei realmente satisfeito por ter acontecido ainda na temporada 2008. PS.: o vôo do Glauco ainda não está disponível no XC.
Carmo do Rio Claro recebe etapa do Brasileiro de Asa.

No período de 11 a 18 deste mês de outubro a cidade mineira de Carmo do Rio Claro será palco da última etapa Campeonato Brasileiro de Vôo Livre 2008. O evento é uma realização da ABVL em parceria com o Instituto Decolar e Prefeitura Municipal de Carmo. Será oferecida premiação de R$ 3.000,00 aos pilotos, dos quais 20% do total serão distribuídos aos melhores classificados na categoria Ascendente. A briga pelo título de campeão em 2008 segue acirrada entre os pilotos Nene Rotor (SP) e André Wolf (RS) - atual detentor do caneco. Mais do que apenas uma disputa entre voadores, está em jogo a hegemonia de duas fabricantes de peso do mercado mundial - Wills Wing e sua T2C, representada por Nene, e a Moyes com sua Litespeed RS, pilotada pelo gaúcho André Wolf. Outros pilotos são também protagonistas na luta pelo pódium, já que as pontuações no ranking atual são muito próximas. Duas gerações do vôo livre nacional chamam a atenção e merecem destaque nas posições seguintes. O simpático carioca Zé Gala, um dos dinossauros do vôo, aparece em terceiro lugar, enquanto que o gaúcho Cesar Castro, representando a nova geração, consagra sua regularidade e técnica firmando-se na quarta colocação. Disputas à parte o importante é que São Pedro colabore e favoreça a realização de bons vôos por todos que irão a Carmo do Rio Claro para prestigiar o evento. Informações oficiais sobre a competição, tais como local, inscrição, hospedagem e outras, podem ser encontradas no site oficial do brasileiro, Superace 2008. Paralelo ao evento acontecem ainda etapas dos campeonatos estaduais Paulista e Carioca de asa.
XC Brasil com disputas acirradas.


Confirmada para os próximos dias 22 a 30 de novembro mais uma edição do XCeará, competição internacional de cross country que acontece anualmente na cidade de Quixadá, localizada cerca de 150km de distância da capital cearense Fortaleza. Mais um evento idealizado pelo batalhador Chico Santos, e realizado pela GoUp Brasil. A competição ficou conhecida mundialmente graças ao potencial da região para quebra de recordes de distância. No ano de 2007 foram estabelecidos recordes mundiais e sulamericano na região. O gaúcho André Wolf, voando sua Litespeed RS 4 quebrou a marca sulamericana voando 452 km, enquanto que os pilotos da Sol Paragliders, Marcelo Prieto, Rafael Saladini e Frank Brown, foram ainda mais longe e quebraram o recorde mundial com a distância de 461,8 km. É do XCeará também o recorde munidal feminino de parapente, estabelecido em 2005 por Petra Krausova, que voou 302 km. A competição tem número de vagas limitado e as inscrições já estão abertas. Vamos acompanhar e torcer para que novas marcas sejam estabelecidas.
Sexta no Escalvado/SC.

Ideal para uma quarta sem lei.
Há dias predominava aqui no litoral norte de Santa Catarina um clima chuvoso, de céu carregado e muita umidade no ar. Mas nesta quarta-feira tudo amanheceu diferente, ideal para uma corrida na praia, uma volta de bike e, principalmente, para o vôo livre. Como não pude fugir do trabalho acabei ficando com a primeira opção. Sorte daqueles que têm certa flexibilidade profissional e podem aproveitar as boas condições, ao invés de ficar torcendo para que no final de semana role ao menos um solzinho... Às 11:30h era assim que se enxergava o céu da cozinha lá de casa. Que fissura, mas vai ficar para a próxima. Há notícia de que uma barca (Robert, Ivo e João Rotor) partiu em direção a Tangará/SC em busca de bons vôos para somar no XC Catarinense.
De cara nova.
É isso mesmo, o blog agora está de cara nova. Além de um visual incrível como plano de fundo, ganhou também um nome estilizado, digno das logomarcas empresariais. Isso tudo graças ao empenho e à criatividade de um artista dos computadores. Nada mais nada menos do que meu irmão mais velho Paulo Henrique (PH), que num momento de pura inspiração resolveu fazer uma surpresa me presenteando com esse novo layout. Achei incrível, espero que todos também tenham curtido. Infelizmente não sou eu quem aparece pilotando a Litespeed, mas sim o Jon Durand, em uma foto que tirei em Brasília ano passado (2007). Geralmente, quando estou no chão e existem asas no ar procuro registrar o momento, por isso sempre levo uma máquina fotográfica a tiracolo, mas meus "resgates" não costumam fazer o mesmo, razão pela qual não sou eu quem aparece ali naquele cantinho. Mas tudo bem, no próximo dia de vôo prometo pagar uma cerveja extra para que consigam uma boa imagem minha em vôo.
João Rotor sai na frente no Flexicotton aproveitando a boa condição do último final de semana. O tracklog do vôo apresentou inconsistências quando enviado ao programa, computando cerca 43 kms. Sanado o problema, foi disponibilizado o tracklog real, totalizando 51 kms de vôo, com decolagem em Pomerode (Morro Azul) e pouso em Lontras. Com isso, nesse início de competição ele assume a liderança entre o pessoal das asas e aparece na quinta colocação geral (asas e paracas) com apenas um vôo, já que os quatro primeiros acumulam o somatório de pelo menos três vôos. Confira abaixo imagem do vôo.

Ares de primavera fazem a alegria.

Divulgado ranking brasileiro atualizado.
Organização divulga o ranking nacional atualizado dos pilotos de asa delta, já lançadas as pontuações das sete provas realizadas durante a etapa de Brasília. Nenê Rotor (SP) e André Wolf (RS) seguem à frente em uma disputa particular pela liderança do ranking, bem como na busca do título de campeão brasileiro de 2008, confira. Destaque para os pilotos Zé Gala (RJ) e Cesar Castro (RS), que seguem na terceira e quarta colocações. Enquanto o simpático carioca é mais um no time dos dinos do esporte nacional, o tímido gaúcho é mais uma revelação da nova geração de pilotos.
Flexicotton, últimos dias para inscrição.
Atenção pilotos de Santa Catarina, no próximo dia 30 de agosto (sábado) serão encerradas as inscrições para o Flexicotton 2008, valendo lembrar que os pilotos inscritos que não confirmarem o pagamento da taxa de inscrição até esta data estarão fora da competição. Até o momento são 13 os inscritos na categoria Asa Delta, dos quais apenas 06 confirmaram o depósito. Para que haja premiação nessa categoria o regulamento exige um mínimo de 10 inscritos. Ainda há tempo, entre no site do evento e se informe: Flexicotton 2008.
Brasília 2008, a despedida.

Ventos fortes voltaram.

Mais um dia clássico em Brasília.

A etapa de Brasília do campeonato brasileiro de asa delta 2008 foi um sucesso absoluto. Cem por cento de aproveitamento, sete provas realizadas e um total de 764 quilômetros voados. Nenê Rotor (SP) sagrou-se o grande campeão após uma participação impecável, muito veloz e regular, foi o único piloto dos top five a completar todas as provas. A segunda colocação ficou com o atual campeão brasileiro André Wolf (RS), seguido por Jonny Durand (Open) e Zé Gala (RJ) na terceira posição e Glauco Pinto (DF) em quarto lugar. Glauco, local de Brasília, foi também o piloto revelação da etapa. Não bastasse o bom astral durante todo o evento, a premiação contou ainda com um pôr-do-sol daqueles que só se vê no cerrado, com direito a eclipse da Lua e tudo mais. Foi mais um dia clássico de vôo. A ausência de nuvens em nada prejudicou a brincadeira. Da metade do vôo para frente as fogueiras guiaram a grande maioria dos pilotos. Termais para todos os lados e o céu de Brasília ficou novamente tomado por um colorido especial. Das barcas que subiram de Santa Catarina restaram apenas Tingão, Robô e Eu. Valeu à pena, fomos recompensados com uma condição alucinante, que nos permitiu novamente um pouso seguro no gramadinho seco da Esplanada. A quantidade de asas chegando ao mesmo tempo exigia atenção ao aproximar. Hoje o vôo foi ainda mais rápido do que ontem, acabei voando praticamente na mesma rota do dia anterior, com pequenas alterações, concluindo o percurso em uma hora e quarenta minutos. Brasília é assim, só mesmo estando aqui para entender e curtir ao máximo.
Demorou mas a espera valeu à pena.
Até que enfim minha asinha chegou, e a estréia não poderia ter sido melhor. Hoje cedo já me ligaram da transportadora dizendo que poderia retirar o brinquedo. Não deu outra, formei a barca com o Ratão e Luciano, locais do cerrado, e fomos direto para lá. Asa na mão, sem muita pressa seguimos para a decolagem. Chegamos um pouco tarde e por isso acabamos sendo os últimos a decolar, mas isso não fez diferença alguma. As camadas de cirrus que vinham predominando desapareceram e no meio da manhã até umas modestas nuvens se formaram, mas logo se dissiparam, serviram apenas para mostrar que o teto estava alto e o dia prometia. O vôo foi só alegria, com um único momento abaixo dos 500 metros, próximo à Lagoa Bonita, mas tinha que ter algo por ali. Não deu outra, aquela água toda começou a se agitar e aí foi só jogar em cima e com paciência centrar a termal. Depois só alegria, as fogueiras foram parceiras no restante do vôo e a farofa predominou. Que vôo, show de bola. Cheguei na Esplanada com duas horas e dez minutos tirando de Sobradinho com 1650 metros, acelerei bastante mas o brinquedo não descia, cheguei com uns 500 metros no gramadinho e lá apenas quatro asas já pousadas, já que a prova do campeonato foi mais extensa hoje. Botar o brinquedo em solo ainda levou um tempo pois a panela de pressão tava bombando. Pouco depois veio chegando a galera, um por um, Patrick, Marcelo, Evandro, Robô e Tingão. Foi um dia alucinante. Já no campeonato, o brasiliense Glauco Pinto, revelação total, matou a prova de 128 km em duas horas e meia, chegando seis minutos à frente do segundo colocado, Nenê Rotor (SP). Abaixo, tela do vário/gps com os dados do vôo e outras fotos: 1.725 de altura máxima, 7.4m/s pra cima e 8.5 m/s pra baixo.





5º Dia de prova em Brasília.

Como há muito não acontecia no campeonato brasileiro, o aproveitamento nesta etapa de Brasília tende a ser de 100%, com sete dias de provas sendo realizadas. Tudo indica que o resultado ficará mesmo para o última dia, sábado, pois as pontuações estão bem próximas, os pilotos muito regulares e a partir de agora será aplicado o descarte. Até o momento a única coisa que parece estar definida é a soberania de Nenê Rotor (SP) e André Wolf (RS), os caras estão voando demais, sempre à frente e puxando o ritmo. Hoje o Nenê cruzou a chegada rasgando a mais de 100km/h, seguido de perto pelo André. Os dois têm se revezado na disputa. Das barcas catarinenses que permanecem em Brasília, hoje foi o dia do Tingão, que pousou faceiro no gramadinho da Esplanada. O velho Tinga tem dado altos vôos mas hoje seu prêmio foi especial, com direito a uma cervejada na Esplanada.
4º Dia de prova em Brasília.
Mais um dia com muito cirrus no vale do paranã. Prova de 89,7 km com pilões na Olaria, Morro da Capelinha, Arado da Embrapa, Sobradinho e goal na Esplanada. Muitos pilotos no caminho mas também boa parte deles no goal. Com exceção do Glauco Pinto (DF), que caiu em direção ao segundo pilão, as primeiras colocações foram novamente divididas entre André, Nenê e Durand. Resultados logo mais no Superrace.




Catarinenses na Esplanada.




Mais um dia de céu azul...
Dia mais difícil para os free-flyers.
Uma barca que naufragou.
Pior do que não poder vir a Brasília durante a temporada de vôos só mesmo estar aqui na capital sem o meu brinquedo preferido, minha asa, com os pés no chão e pensamento no alto. É o que estou passando nesses dois primeiros dias na cidade. Cheguei de avião na sexta pois tinha o casamento de um amigo, mas estava tranquilo porque tinha formado a barca com o Robert que traria minha asa. Isso mesmo, traria. Por motivos que o impediram de vir na última hora a "barca naufragou", quase chorei... Como foi na saideira todos já tinham partido pra Brasília e minha asa não pode aproveitar a carona de ninguém, lá está em Camboriú, triste, solitária e na umidade de uma garagem. Agora só resta aguardar pela transportadora e torcer para que a asa chegue inteira.
A grande águia de Brasília.

Que Brasília tem na sua estrutura arquitetônica central a figura de um avião não é novidade para ninguém. Por algum motivo assim se deu a sua concepção, nos traços de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. Por outro lado, o lago Paranoá, outra criação do homem, um artifício para amenizar os problemas de baixa umidade nos períodos de seca, ter justamente a forma de uma grande Águia, aí já é concidência demais. Tudo nos leva a crer que realmente Brasília foi feita para voadores.
Aprendendo a voar...


Pois bem, muitos agora podem estar se perguntando: lugar para decolar em Brasília todos já sabem que existe (ver postagem anterior), mas como é que se faz para aprender a voar por lá, já que não existem montanhas ou morros. Será que utilizam técnicas do vôo a reboque? Longe disso, na natureza nada se perde, tudo se transforma, se cria, principalmente se por perto existir um ser humano obstinado e que não se cansa de perseguir um sonho. Com o vôo livre de asa delta em Brasília não foi diferente, Ricardo Ortega, um apaixonado pelo esporte, ícone dos primórdios do vôo livre nacional, batalhou para que a cidade tivesse um local para instrução de novos pilotos, foi daí que surgiu o "Morrote". Em uma área verde meio que abandonada, na região mais nobre da Capital, nada existia além de mato. Ortega percebeu o potencial do local e com persistência conseguiu transformar o lugar na base de perpetuação do esporte em Brasília. Conseguiu apoio e saiu em busca das autorizações burocráticas necessárias, e lentamente, carrada após carrada. entulhos foram sendo ali depositados, até dar lugar a um morrinho artificial, despretensioso, mas que hoje goza de estatus de parque, onde é possível tornar realidade o sonho de voar. Comigo foi assim, quando ainda nem grama existia naquele Morrote, durante meses comi poeira, subia o morro carregando a asa nas costas para decolar, pousar e decolar novamente, isso nos idos de 1998, dez anos atrás. Atualmente toda a área é protegida. Por sobre os entulhos e a poeira agora existe um belo gramado. O anfiteatro merecidamente deu lugar à sede da Associação de Vôo Livre do Distrito Federal (AVLDF). Que assim continue sendo por muitos e muitos anos e que o grande mestre dos ares e querido amigo Ortega por lá esteja sempre, com novos e velhos alunos reunidos, mesmo nos dias de vento virado, nem que seja para apenas falar sobre a maravilhosa arte de voar.
Brasília sedia mais uma etapa do Brasileiro de Asa.

Piada de voador.
Sábado, como de hábito, me levantei cedo, coloquei meu agasalho, vesti-me silenciosamente, tomei o meu café e até fui caminhar com o cachorro. Em seguida, fui até a garagem e amarrei minha asa no rack do meu 4x4. De repente, começou a chover torrencialmente. Com a chuva, ventos a mais de 80 km/h. Liguei o rádio e ouvi que o tempo seria chuvoso durante todo aquele dia. Voltei imediatamente pra casa, silenciosamente tirei minha roupa e deslizei rapidamente para debaixo dos cobertores. Afaguei as costas da minha mulher suavemente e sussurrei: - O tempo lá fora está terrível. Ela, ainda meio adormecida, respondeu: - Você acredita que o idiota do meu marido foi voar com esse tempo?
piada extraída da lista yahoogrupos AmigosVoadores
"A maior parte das pessoas é assim. Sonham com o vôo, mas temem as alturas. Para voar, é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o vôo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Por isso trocam o vôo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram". (Rubem Alves)
Flexicotton 2008

Revoada Junina em Canelinha.

Palavras de um Capitão.

Classificação do Catarinense de Asa 2008.

Com a validação de mais duas provas durante a etapa de Gaspar/SC, realizada nos dias 24 e 25 últimos, o Catarinense de Asa Delta 2008 chega em uma fase crucial para alguns pilotos, a incidência do descarte de provas. Entenda como funciona: ao final do campeonato, de acordo com a quantidade de provas validadas ao longo do ano acontece o descarte das provas com menor pontuação de cada piloto, na seguinte proporção: de 04 a 05 provas válidas, um descarte; 06 a 08, dois descartes; 09 a 11, três descartes; 12 a 14, quatro descartes; 15 a 17, cinco descartes. Portanto, caso o campeonato estivesse encerrado hoje a prova com menor pontuação de cada piloto seria subtraída do total até então acumulado. Nesse caso concreto, como muitos pilotos têm pontuação zero não haveria grandes mudanças, mas repare que, por exemplo, o piloto Zé Maria passaria a ocupar a sexta posição enquanto que o piloto Ivo cairia para a sétima após a realização do descarte, alterando a classificação final do campeonato. A planilha acima divulgada traz a classificação atual do CCAD 2008, mas como há a possibilidade de validação de mais duas provas antes do encerramento, com 2000 pontos em jogo, o descarte ainda pode ser alterado e até mesmo ampliado para duas provas e aí sim, tudo pode mudar. Portanto, este ano, o Catarinense de Asa está bem disputado e completamente indefinido, tornando a disputa na cidade de Pomerode ainda mais acirrada. Os descartes surgiram nas regras dos campeonatos visando incrementar o fator competitividade, resultando em maior regularidade individual, bem como fator de motivação para a manter a participação dos pilotos ao longo de toda uma temporada, pois muitas vezes, por motivos alheios à vontade própria, se vêem impossibilitados de estar presente em uma ou outra etapa. Com a aplicação dos descartes, esse piloto ainda pode se manter no páreo e vai estar super motivado para continuar na competição. No catarinense 2008 temos um exemplo concreto dessa situação, que acontece com o piloto Zé Maria que, machucado, não pôde comparecer na etapa de Gaspar/SC mas segue firme com sua fisioterapia para brigar pelo caneco em Pomerode/SC, já que, em validando-se as provas, poderá descartar sua ausência em Gaspar. É assim, então, que funciona a justa sistemática dos descartes no nosso maravilhoso esporte.
Victor Diniz fatura a etapa de Gaspar/SC.
Errata sobre as etapas do CCAD 2008.
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